O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (12), que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, continuará no cargo e que os problemas no MEC (Ministério da Educação) estão resolvidos.
De acordo com Bolsonaro, que deu as declarações antes de receber o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, para um almoço no Itamaraty, houve “um probleminha com o primeiro-homem” do ministro Vélez.
O presidente não disse a quem se referia como “primeiro-homem” de Vélez.
O MEC tem convivido nos últimos dias com uma série de boatos e desavenças internas após exonerações e anúncios de demissões de pessoas ligadas ao escritor Olavo de Carvalho.
Entre os afastados, estão o chefe de gabinete do ministério, Tiago Tondinelli, e Sílvio Grimaldo de Carvalho, que era assessor especial do ministério. Ambos são discípulos de Olavo. Bolsonaro, por sua vez, exigiu a demissão do coronel Ricardo Wagner Roquetti da pasta após ataques do grupo olavista.
Nesta terça, Bolsonaro minimizou os embates no ministério e fez uma comparação com a sua família. “Eu tenho cinco filhos e tenho problemas de vez em quando. Imagina com 22 ministérios?”, afirmou o presidente.
As mudanças no MEC expuseram a disputa entre grupos de influência dentro do ministério. Com a crise, o ministro teve que cancelar uma viagem que faria para Israel nesta terça-feira (12).
Em seus primeiros três meses, o MEC do governo Bolsonaro já passou por algumas crises. A mais famosa foi a do episódio envolvendo o pedido do canto do hino nacional com uma carta enviada às escolas com o slogan da campanha de Bolsonaro; ato retificado pelo ministro.