Em reunião com jornalistas, na qual a Gazeta do Povo esteve presente, realizada na manhã desta sexta-feira (5), no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente Bolsonaro sinalizou que o ministro da educação, Ricardo Vélez, pode deixar o comando do MEC. Desde que está à frente da pasta, o colombiano tem sido criticado por sua administração. O ministro, no entanto, disse, nesta manhã, que não conversou com Bolsonaro e que não irá deixar o comando do MEC.
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De acordo com pessoas que estiveram presentes no encontro, Bolsonaro afirmou que "está bastante claro de que não está dando certo. Ele é bacana e honesto, mas está faltando gestão, que é coisa importantíssima". Na quarta-feira (4), o presidente, que havia acabado de chegar de viagem, e Vélez tiveram uma conversa de 40 minutos.
Na segunda-feira (1), Bolsonaro disse que "tira a aliança da mão direita e põe na esquerda ou põe na gaveta. Vamos supor que seja a saída dele (Vélez)". O presidente indicou ainda que não descarta reaproveitar o ministro em outra área do governo.
"Até segunda, vai ser resolvido, ninguém mais vai reclamar. Vélez é boa pessoa. Quem vai decidir sou eu. Segunda é o dia do fico ou não fico", disse o presidente.
Crise
O MEC vive uma crise interna que envolve demissões, disputas entre grupos e recuos de ações. Desde que iniciou à frente do ministério, o colombiano tem sido criticado por sua administração.
Em menos de três meses de governo, Vélez Rodríguez já exonerou dezenas de pessoas em postos-chave no Ministério da Educação (MEC), voltou atrás em várias decisões e tomou uma série de medidas desastrosas.
Em audiência pública, no entanto, ele disse que só vai se demitir se Bolsonaro pedir.
"Não vou sair"; "Não seguirei dicas para renunciar"; "Não renuncio, não faz sentido"; "Só me demito se o presidente da República pedir, se ele achar que minha colaboração não está sendo adequada"; "É um abacaxi do tamanho de um bonde, mas topei", disse a deputados, na Câmara.
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