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O QUE FAZ A DIFERENÇa

Bom professor é aquele que se aproxima do aluno

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Quais são as principais qualidades que definem um bom professor? De acordo com um estudo produzido pelo grupo editorial britânico Pearson, as competências socioemocionais contam mais do que o domínio de conteúdos ou as habilidades de ensino. Após ouvir familiares, alunos, educadores, administradores, pesquisadores e representantes políticos brasileiros, a pesquisa identificou que no topo da lista aparecem características como relacionamento, profissionalismo, paciência e dedicação.

Realizado entre março e novembro de 2015, o relatório Global Survey of Teacher Effectiveness (Pesquisa Global de Eficácia do Professor, em livre tradução) fez um levantamento em 23 países para identificar quais são as características-chave de um bom professor. No Brasil, que teve resultados semelhantes ao de outros países em desenvolvimento, como México, Índia e África do Sul, foram entrevistadas mais de 500 pessoas nas capitais Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Para os estudantes brasileiros, a paciência é a principal qualidade de um bom professor (13%). Em seguida, aparecem as características voltadas para o relacionamento (12,8%), o profissionalismo (11,4%) e as habilidades de ensino (7,3%). Já para os líderes escolares, as habilidades de ensino aparecem na primeira posição (11,4%).

Os pais também apresentam uma percepção muito parecida com a dos estudantes, destacando qualidades como profissionalismo (14,2%), relacionamento (13,2%) e paciência (11,8%). Na mesma direção, os professores ainda destacam a dedicação (9,8%) como uma característica-chave, além das outras já apontadas pelos pais e alunos.

Em diferentes posições, algumas características se repetem entre as quatro mais citadas pelos diferentes entrevistados. No entanto, os pesquisadores e representantes políticos ainda destacam outra qualidade, que está relacionada ao gerenciamento da sala de aula (8,4%). Essa habilidade aparece na quarta posição, atrás apenas de relacionamento (12,2%), paciência (12,2%) e dedicação (10,7%), respectivamente.

A partir do levantamento, o estudo traz algumas reflexões para a realidade educacional brasileira, como a necessidade de desenvolver a inteligência socioemocional dos professores para apoiar a construção de relações de confiança. E quando o assunto é formação de professores, os resultados também demonstram que os educadores devem ser treinados para desenvolver liderança e colaboração.

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