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O Brasil está colocado em sétimo lugar entre as nações do mundo com maior número de instituições de ensino superior privadas e, também, é um dos países da América Latina em que o processo de privatização do ensino superior se deu de forma mais acelerada. Os Estados Unidos ocupam a 20.ª posição. A partir desses dados, a expansão e a massificação da universidade foram discutidas no Seminário Internacional Reforma e Avaliação da Educação Superior – Tendências na Europa e na América Latina.

Segundo o presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) e coordenador do evento, Hélgio Trindade, em matéria publicada na Gazeta do Povo, a expansão do ensino superior na Europa ocorreu com mais intensidade no setor público. "Exemplos clássicos estão na Alemanha e na França, que se equiparam aos casos de países como México e Argentina", disse. Mesmo o México, que adotou as primeiras reformas neoliberais, estabeleceu em 20% o limite do setor privado na educação superior.

Já o Brasil, o Chile e a Colômbia demonstram uma tradição no desenvolvimento do ensino privado. Segundo relato de Hélgio Trindade, nos últimos 30 anos, o Brasil tornou-se o país da América Latina com uma proporção maior de privatização do ensino superior: apenas 30% das universidades são públicas – 70% são particulares.

InteressesEstudo do pesquisador francês Martin Carnoy, citado por Hélgio, mostra que "houve uma liberalização de expansão do setor privado a ponto de se criarem, em média, nos últimos oito anos, cerca de quatro cursos por dia." Expansão dessa natureza, sem critério, afirma, jogou para o setor privado uma quantidade de instituições sem qualidade. "Hoje, esse setor quer separar o joio do trigo: as IES comprometidas com sua função educacional das que se expandiram de forma caótica e que precisam de um processo de transformação", disse.

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