Fachada do Ministério da Educação| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O Ministério da Educação decidiu sair do grupo de trabalho de educação do Mercosul, o chamado "Setor Educacional". A avaliação é que, nos últimos 28 anos, o dinheiro gasto em reuniões com ministros de outros países não trouxe resultados. Não há um balanço definitivo, mas a pasta estima ter investido ao menos R$ 30 milhões em viagens, conferências e outras iniciativas, desde 1991.

"São reuniões caras, toma-se tempo, e depois de 28 anos eu não tenho o que mostrar. As reuniões bilaterais deverão ser mais produtivas", afirmou o ministro Abraham Weintraub, nesta sexta-feira (29). De acordo com o ministro, os outros países respeitaram a decisão do Brasil e se prontificaram a continuar com as discussões bilaterais.

O MEC esclareceu ainda que todas as parcerias iniciadas serão mantidas, assim como o reconhecimento da equivalência dos estudos no âmbito da educação básica de alunos que estão fora do país e que são pertencentes ao bloco e o sistema de acreditação de cursos de graduação do Mercosul (ARCU-SUL). Benefícios de bolsistas também serão mantidos.

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O Setor Educacional do Mercosul foi criado em dezembro de 1991, pelo decreto 7 daquele ano do Conselho do Mercado Comum. Esse órgão cresceu bastante nos últimos anos e, nos anos 2000, foram criados diferentes grupos de trabalho, para os quais o Brasil sempre enviava representantes: o Comitê Coordenador Regional, as Comissões Coordenadoras de Área (Básica, Tecnológica e Superior), o Comitê Gestor do Sistema de Informação e Comunicação, a Comissão Regional Coordenadora de Formação Docente, etc.

A decisão teria sido tomada nos últimos dias. A última reunião do Setor Educacional ocorreu na manhã desta sexta-feira (29), com a presença do ministro de Educação do Paraguai, Eduardo Petta San Martín, e um representante da Argentina.