O Ministério da Educação (MEC) lançou hoje (24) o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, no campus de Itumbiara do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás.
Segundo o coordenador geral de supervisão da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, Alécio Trindade, o objetivo do catálogo é reorganizar a educação profissional e dar a cada curso técnico um senso de identidade e valor social.
O catálogo agrupa os cursos técnicos de acordo com as características científicas e tecnológicas em 12 segmentos específicos. Com isso, as 2,8 mil denominações de cursos foram reduzidas para 185.
De acordo com Trindade, isso ocorreu para consolidar os cursos que têm características semelhantes, mas com pequenas diferenças. "Eram cursos que formavam pessoas com o mesmo perfil e a mesma competência. Agora, a linha de formação muda de uma escola para a outra, de uma região para a outra", disse.
No catálogo, há uma tabela de convergência para ajudar instituições e alunos a localizarem os cursos após a mudança. "A tabela de convergência é orientadora para as escolas, para que elas reorganizarem os cursos, é orientadora para os alunos, para eles se situem e é orientadora também para o mundo do trabalho", afirmou.
A organização do catálogo contou com a participação de especialistas de todo o país e de representantes dos conselhos estaduais de educação. Além disso, em 2007, foi realizada uma consulta pública para a população sugerir mudanças.
De acordo com o coordenador, o catálogo não é um documento, mas um processo. "Então, todo o ano, em agosto e setembro, a gente abre consulta pública, recebe sugestões da sociedade de novos cursos ou alterações", disse Trindade.
Os cursos técnicos militares também fazem parte do catálogo. São 21 cursos executados pela Marinha e pela Aeronáutica. Segundo Trindade, os profissionais formados no eixo tecnológico militar não eram reconhecidos no âmbito civil.
Outra novidade apontada pelo coordenador é a implantação do Sistema de Informação da Educação Profissional e Tecnológica (Sistec) que já está sendo desenvolvido e irá agregar dados sobre cursos, vagas e escolas técnicas. "Já temos mais de 2 mil alunos cadastrados no sistema e a gente espera no final de 2009 ter todos os alunos ingressantes como parte da implantação do sistema", afirmou.
"A gente vai ter a validade do diploma pelo sistema, além de visibilidade nacional e vamos ter também, ao longo do tempo, o currículo do próprio trabalhador, validados pelas escolas. O nosso trabalho é de articulação nacional, para colocar a população dentro desse sistema", finalizou.