É verdadeiro o vídeo em que uma professora de história de escola pública de São Paulo ensina a estudantes que as referências usadas para dividir a História “a.C” (antes de Cristo) antes e “d.C.” (depois de Cristo) não seriam mais usadas nas aulas da rede estadual de ensino.
Em aula remota de História Antiga, a professora afirmou que a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo teria decidido que a divisão no tempo em “a.C” e “d.C” poderia ferir “pessoas que não acreditam em Cristo” ou “sem religião” e, por isso, os materiais da secretaria passariam a usar a sigla “a.E.C” (antes da Era Comum) ou “E.C” (Era Comum).
A professora comete, pelo menos, dois erros: 1) que as siglas “a.C.” e “d.C.” são usadas apenas em alguns escritos – na verdade, são universais; e 2) que a referência a Cristo seria apenas “religiosa”, quando na verdade Jesus Cristo é um personagem histórico.
Procurada, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo negou que as siglas “a.C” e “d.C.” deixariam de ser o padrão adotado nos materiais didáticos da rede pública de ensino. Ao mesmo tempo, admitiu que a Secretaria estaria apoiando o ensino de outras siglas, pois “o estudante poderá se deparar com nomenclaturas diferentes em outros textos durante sua trajetória acadêmica”.
A Secretaria, porém, não respondeu se a professora receberá alguma advertência pelos equívocos cometidos e por ter falado em nome do governo sobre uma possível mudança definitiva nos materiais didáticos.
A Gazeta do Povo não conseguiu encontrar a professora para comentar o caso e, por isso, preferiu omitir o seu nome.
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