João Doria, governador de São Paulo.| Foto: Divulgação / Governo do Estado de São Paulo
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O governo de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (13), a retomada de aulas presenciais, com restrições, de cursos superior e técnicos em cidades que estão há mais de 15 dias na fase amarela do Plano São Paulo. Segundo o Executivo, a medida vale para cursos em que as atividades laboratoriais não podem ser realizadas à distância ou quando o estágio curricular é obrigatório.

O secretário da Educação, Rossieli Soares, afirmou que a prioridade é de carreiras em áreas de saúde. "Temos um gargalo porque a educação a distância não consegue dar conta de tudo", disse. "Para a formação de um futuro médico, por exemplo, o curso prático e o estágio supervisionado são fundamentais. Se não tivermos esse ciclo funcionando vamos ter um hiato de formação de profissionais da saúde."

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Dos cursos com estágio curricular ou internato, estão liberados Medicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Odontologia. No caso das aulas teóricas, as atividades seguem à distância.

De acordo com o governo, as aulas presenciais de ensino superior ou técnico deverão respeitar o limite de, no máximo, 35% dos alunos matriculados e seguir os protocolos sanitários. "As instituições vão definindo as suas prioridades. Se a capacidade de 35% não for suficiente, as instituições deverão priorizar aqueles que estão em fase final", disse o secretário.

Só podem reabrir as unidades em municípios que estão há mais de duas semanas na fase amarela do Plano São Paulo, o programa de retomada gradual da economia no estado, período para considerar a área estabilizada, segundo o governo. É o caso, por exemplo, da Grande São Paulo, mas não da Baixada Santista.

Educação complementar em São Paulo

A gestão Doria também anunciou o retorno de aulas complementares como cursos de idioma, informática e artes. As atividades passam a ficar submetidas às restrições da categoria "serviço", previstas no plano, por falta de regulação própria.

"As escolas de dança ou inglês, por exemplo, não são submetidas a conselho municipal, estadual ou nacional. Portanto, são uma prestação de serviço", afirmou Rossieli. "Mas pela similaridade das características, as instituições vão ter de seguir os protocolos de educação."

O governo argumenta que os alunos que fazem cursos desse gênero não frequentam as aulas diariamente, como na educação formal, e que geralmente turmas são formadas com poucos alunos.

Na fase amarela, as instituições só podem funcionar com até 40% da capacidade e horário reduzido a seis horas. Entre as diretrizes, o governo cita que a entrada e saída dos alunos deve ser coordenada para evitar aglomeração e os intervalos aconteçam com revezamento de turmas

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