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O grupo Parabolé prima por espetáculos com uma visão pedagógica | Albari Rosa / Gazeta do Povo
O grupo Parabolé prima por espetáculos com uma visão pedagógica| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Levar a cultura e as tradições populares a milhões de estudantes pelo país afora é um desafio diário para os professores. Não fosse a ajuda de arte-educadores e produtores culturais, a tarefa seria ainda mais complicada. Atuando em escolas públicas e particulares, esses projetos são viabilizados em parte por editais públicos ou de modo independente.

Um exemplo é o grupo Parabolé Educação e Cultura, que atua desde 2008 através da realização de espetáculos, cursos, oficinas e palestras voltadas a crianças, adolescentes, pais e educadores. "Os projetos não são didatizantes, mas têm uma visão pedagógica. Não é ensinar conteúdo, é um engajamento político, que mostra a importância de atuar socialmente", define Nélio Spréa, coordenador do grupo.

Assista a um vídeo sobre a atuação do Parabolé

Segundo Spréa, esse tipo de atividade leva mais ludicidade e gera uma visão diferenciada do que é o espaço escolar. "Quando a gente leva um espetáculo, ele serve como uma espécie de quebra da rotina", diz. Além disso, as apresentações aumentam as referências de linguagem e conhecimento dos estudantes.

Objetivo semelhante tem o grupo Malasartes – Educação Sensível, que atua há 20 anos com teatro e contação de histórias em escolas e espaços alternativos. O grupo também investe em oficinas temáticas e rodas de leitura. "Isso abre janelas de percepção e leitura do mundo. É um trabalho focado na crença de que cada aluno tem uma potencialidade imensa para criatividade e expressão, mas que falta diversidade de experiências culturais para que as potencialidades aflorem", diz o coordenador Luis Teixeira.

Mas para que as apresentações artísticas se transformem em informação e conhecimento é necessário haver uma parceria entre os grupos e os professores. Sonia Tramujas Vasconcellos, professora do curso de Licenciatura em Artes Visuais da Unespar, defende que as atividades fazem uma ponte com a arte e a cultura, mas precisam dialogar com a educação. Depois que os alunos vão ao teatro, por exemplo, é importante discuti-lo em sala de aula.

A coordenadora do curso de Licenciatura em Teatro da Unespar, Guaraci Martins, defende o caráter construtivo da arte. "O teatro, em muitas escolas do ensino básico, ainda é considerado entretenimento e recreação. Mas ele é uma área de conhecimento que pode contribuir tanto quanto outra disciplina no processo de construção de conhecimento, pode discutir valores sociais e humanos."

A alegria do teatro vai até escolas públicas

A Parabolé Educação e Cultura, que atua há mais de oito anos, já apresentou doze espetáculos em diferentes em escolas da periferia de Curitiba.

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