A concessão do diploma de Jornalismo a bacharéis de outras profissões após dois anos de curso é a proposta mais polêmica da comissão que foi empossada nesta quinta-feira (19)pelo Ministério da Educação para criar novas diretrizes para a graduação. Outra mudança a ser debatida é a separação do curso da grande área da Comunicação Social, criando um currículo próprio.
"O curso perdeu autonomia e identidade", diz o presidente da comissão, José Marques de Melo, professor da Universidade Metodista. "A graduação deveria ter um currículo próprio com ênfase nas áreas de humanidades, e outros profissionais, que já teriam cumprido essa carga de disciplinas, poderiam ter o diploma após dois anos de aulas." Ele ressalta que são apenas ideias, sujeitas ao debate com empresas de comunicação, sindicatos, professores e alunos. Nos próximos três meses, prazo para a comissão entregar um relatório ao Conselho Nacional de Educação, haverá audiências públicas.
Desde os anos 1980, a formação em Jornalismo passou a ser uma habilitação do curso de Comunicação Social. Já a possibilidade de bacharéis receberem diploma após dois anos foi levantada em 2008 pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Entre as graduações mais concorridas, os cursos de Jornalismo fizeram parte da expansão do ensino privado nos anos 1990. Segundo dados do Censo da Educação Superior, dos 546 cursos oferecidos no País 463 são pagos. Somente em 2007, foram 6.850 formados.
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