A maioria das escolas particulares já iniciou o período de matrículas para 2016. Quem está procurando uma escola para o filho precisa se organizar para conseguir saber os detalhes mais importantes da instituição e garantir uma boa escolha, levando em conta as necessidades familiares. Para quem cursa o período integral, por exemplo, é preciso verificar o cardápio da instituição. No geral, o roteiro para escolher uma escola passa por cinco pontos fundamentais:
Defina o que a família quer
Antes de iniciar a busca por uma escola, é importante ter em mente quais as necessidades e desejos da família. “Os pais ou responsáveis precisam pensar no que querem para os filhos e qual tipo de pessoa gostariam de formar. Será que preferem que seja culturalmente enriquecido ou que tenha um conhecimento mais prático e tome iniciativas? Essas são perguntas que devem ser respondidas em casa”, orienta a pedagoga e mestre em Educação Laura Monte Serrat Barbosa. A pesquisa em redes sociais ou com outros pais deve ser feita em uma fase posterior, quando os responsáveis já tiverem claro suas expectativas.
Visite as escolas
Para a consultora educacional Sônia Aranha, o ideal é visitar as escolas na hora do recreio. Desse modo, diz ela, é possível saber como é feita a supervisão dos alunos, se há intervenção de conflitos, os espaços para as brincadeiras. Outro ponto a ser visto é a forma de avaliação. Para Sônia, não faz sentido notas quebradas, como 7,7, já que o melhor é verificar se o aluno atingiu os objetivos propostos. É importante ainda conhecer todos os ambientes e verificar detalhes, como iluminação e disposição de móveis. As paredes também podem revelar muitas coisas, como o tipo de atividade feita por alunos, já que dificilmente os pais poderão entrar em sala de aula. E a visita é uma oportunidade para os responsáveis checarem se o que a escola defende na teoria é aplicado na prática.
Considere a distância
O trajeto entre a casa e a escola pode deixar as crianças ansiosas e cansadas. Nos consultórios de psicopedagogia, esse é um problema que tem aparecido com mais força. “Por muito boa que seja a escola, não se justifica deixar a criança no carro ou em uma van por duas ou três horas para vencer o trânsito. Geralmente os pais idealizam a escola, mas o aprendizado flui muito melhor se não há esse tempo ocioso no trânsito”, diz Laura.
Combine os princípios
Laura conta que, por vezes, os pais têm um perfil liberal mas acabam escolhendo uma escola mais rígida, com o propósito de tornar o filho mais comportado. “Isso não dá certo, porque a família vai acabar questionando muitas coisas que são feitas. É preciso que a instituição tenha a ‘cara’ da família”, opina. Sônia dá outro exemplo: se os pais têm preocupação com o meio ambiente, e não veem preocupação constante da escola com a redução do consumo ou economia de energia, surgirão conflitos. A psicopedagoga Cristiane Bredow alerta ainda que é preciso ter em mente sempre o perfil do filho. “A criança pode se adaptar muito bem a projetos de uma escola construtivista, outros podem precisar de uma escola com conteúdo e regras rígidas. Ou ainda há dificuldade de se adaptar em um colégio de grande porte. Não é porque os pais gostam que o filho vai se adaptar”, explica.
Faça um planejamento financeiro
No início do ano escolar, é preciso fazer um cálculo de quanto custará a educação do filho por mês e qual será o gasto total. A psicopedagoga Cristiane Bredow diz que é preciso se comprometer com essa despesa e evitar mudanças de escola por dificuldade financeira da família em pagar a mensalidade. “Trocar a criança no meio do ano, por exemplo, vai gerar uma quebra no aprendizado e um período de adaptação que podem ser evitados”, afirma.
Fontes: Laura Monte Serrat Barbosa, Sônia Aranha e Cristiane Bredow.
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