Gleisi Hoffmann: na lista da Lava Jato, mas destaque no Congresso da UNE| Foto: ReproduçãoFacebook

O Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), que começa nesta quarta-feira na Universidade Federal de Minas Gerais, vai reunir palestrantes de diversas correntes ideológicas – todas elas de esquerda.  

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Na página do congresso na internet, a UNE se define como “um espaço democrático e plural em que convivem diversas opiniões e visões de mundo”. A lista de convidados do evento, entretanto, deixa clara a noção de pluralidade adotada pela UNE: do PDT ao PSol, passando por PCdoB, PT e partidos nanicos de esquerda. Nada além disso.

Na agenda do evento estão debates e palestras com a participação do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), a deputada estadual do Rio Grande do Sul Manuela D’Avila (PCdoB), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), o deputado federal Chico Alencar (PSol-RJ), o ex-ministro José Eduardo Cardozo (PT), o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, e a senadora e presidente do PT Gleisi Hoffmann (PR) – investigada na operação Lava Jato.

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Uma das mesas de debates discutirá “a inconstitucionalidade do Golpe”. Os cinco participantes foram contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff: o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Marcelo Lavenère, José Eduardo Cardozo, a vereadora paulistana Isa Penna (PSol), o advogado Pedro Luiz de Andrade e a ex-presidente da UNE Virgínia Barros.

Outro debate, intitulado “Tema 8: Educação emancipadora X Escola sem partido”, vai reunir cinco debatedores com opinião indistinguível: a vereadora paulistana Sâmia Bomfim (PSOL), Manuela D’Ávila, a secretária de Educação de Minas Gerais, Macaé Maria Evaristo dos Santos, a presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, Camila Lanes, e o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro José Medeiros.

A agenda inclui ainda debates como “O Brasil e a América Latina na luta contra o imperialismo”, “Frente Povo Sem Medo - resistência e os desafios da esquerda” e “A Luta contra Reforma Trabalhista e Terceirização”. Em meio à maior operação já feita contra a corrupção no país, o tema ficou de fora. 

O congresso, o 55º da história da entidade, se encerrará no domingo, após a eleição do novo presidente da UNE. No material distribuído pela organização, o governo federal aparece na lista de patrocinadores. Mas o Ministério da Educação negou à Gazeta do Povo ter repassado recursos para o evento.