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Pelo mundo

Conheça os modelos de ensino superior e de pesquisa adotados em outros países

Estados Unidos

O ensino superior norte-americano não é realizado funda­mentalmente nas universidades de pesquisa tradicionais, como Harvard, Berkeley, Stanford e Yale. Em 2007, dos 18 milhões de estudantes matriculados, apenas 20% estavam em instituições de ensino superior consideradas de pesquisa intensiva. Quase 40% dos alunos encontram-se em cursos que ofertavam diplomas de dois anos. As universidades americanas podem ter missões distintas: pesquisa, ensino, ou ambos. As instituições podem ser enquadradas em nada menos do que 32 categorias.

China

Nos últimos anos, o governo chinês lançou diversos programas de fortalecimento das universidades, com grande investimento em 20 instituições consideradas de pesquisa intensiva. As pesquisas cien­­tíficas tornaram-se cada vez mais caras e nem todas as universidades puderam supor­­tar. O governo criou novas categorias que incentivam as universidades a realizarem "inquiry leaning", isto é, dedi­cação ao ensino de graduação que garanta sempre a inserção da instituição no debate científico, mas sem a realização da chamada "ciência básica". O número de instituições que podem ofertar diplomas de dois anos vem crescendo rapidamente também no país. Criou-se também um modelo de faculdades independentes, mas que estão inseridas nas universidades.

Inglaterra

O modelo inglês caracterizava-se pela existência de uma linha binária que separava as universidades das outras instituições de ensino superior, com critérios rígidos, o que foi apontado como a explicação para a construção do prestígio desfrutado pelas universidades inglesas. A partir de 1992, a "binary line" foi removida, o que permitiu que diversas instituições se denominassem universidades. O financiamento governamental também passou a ser direcionado àquelas instituições que enfocavam a integração do ensino com as demandas do mercado. Isto permitiu diminuir a influência das universidades de pesquisa aprofundando a diferenciação institucional.

Fonte: Estudo "Recredenciamento de Universidades: conclusões preliminares e dilemas regulatórios"

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