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ler e pensar

Conscientização é o caminho

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(Foto: /Divulgação)

No Jardim Paraíso, em Almirante Tamandaré, fica localizada a Escola Municipal Prefeito Eurípedes de Siqueira. Nela, a professora Nilcélia Gonçalves Rosa faz de tudo para promover uma aprendizagem contextualizada em suas aulas. Suas turmas de 2º ano já têm o hábito de utilizar o jornal como recurso pedagógico – afinal, Nilcélia participa do Ler e Pensar já há dez anos. O projeto é desenvolvido na escola por meio do apadrinhamento da Norske Skog Pisa. “O uso da mídia em sala contempla o lúdico e o letramento, despertando a argumentação e a criticidade das turmas.”, conta a professora.

Nesse ano, o destaque foi para a problemática do lixo. “Após ler as notícias, surgiram vários comentários e questionamentos por parte dos alunos, demonstrando uma postura bastante crítica. Eles se sentiram bastante incomodados e relataram que percebiam muito acúmulo de lixo pelas ruas do bairro, no caminho até a escola”, descreve ela. Para sensibilizar alunos e pais, Nilcélia contou com o apoio das “Mães Madrinhas” – mães de alunos que participam voluntariamente das atividades da escola – e da Madrinha Ambiental, a professora Gilmara Antunes, que ministrou palestras sobre temas específicos.

Campanha

Os alunos, então, realizaram uma aula de campo: caminharam pelo bairro com o objetivo de diagnosticar situações de destinação incorreta de lixo. O diagnóstico motivou a turma a passar para a ação. Seguiram para apresentação do painel de conscientização para demais turmas e funcionários; oficina de brinquedos reciclados e reaproveitamento alimentar; elaboração de panfleto, que foi distribuído na comunidade, e até produção de uma carta coletiva direcionada ao Secretário Municipal de Meio Ambiente, solicitando a passagem regular do caminhão de coleta seletiva na escola e no bairro.

Em uma semana, a turma recebeu um retorno da secretaria, que reconheceu o trabalho e se comprometeu a cumprir a solicitação. De fato, devido ao difícil acesso a certas regiões, o bairro não dispunha de pontos fixos de coleta. Então, a direção da escola propôs que a instituição se tornasse ponto provisório até a regularização de pontos fixos pela secretaria. Conclusão: a partir de agora, a escola recebe todas as quintas a visita do caminhão de coleta. A chegada do caminhão de coleta coletiva é motivo de comemoração entre os alunos da escola (foto).

“O legado do projeto é para a comunidade; o assunto até entrou para a pauta da Associação de Moradores do Bairro, que reivindica a instalação de um ponto de coleta fixo. Pais, alunos e funcionários abraçaram a mesma causa. A leitura de mundo feita pela matéria do jornal teve o poder de transformação na comunidade em que a escola está inserida”, conclui Nilcélia.

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