Desde que o sistema de cotas passou a ser implementado nas universidades brasileiras, há mais de uma década, um dos pontos centrais em debate era a possibilidade de que cotistas tivessem um desempenho inferior após o ingresso – o que causaria um índice maior de reprovação neste grupo ou obrigaria as instituições de ensino a reduzir o nível de exigência das avaliações.
Agora, um amplo levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo traz um retrato dessa disparidade. O resultado: em 49 dos 64 cursos analisados a média dos cotistas é pior do que a dos não-cotistas. Em outros nove, há equivalência de desempenho. Nos outros seis, os cotistas têm melhores notas.
A comparação levou em conta as notas do Enade, exame feito no último ano do curso. Ou seja: não leva em conta os alunos que abandonaram o curso antes disso. O cálculo considerou alunos que ingressaram na universidade por cotas raciais ou sociais.
A diferença é maior nos cursos de Engenharia Florestal, Relações Internacionais e Engenharia Química – nesses casos, o desempenho dos não-cotistas é mais de 12% superior.
Apesar da discrepância, os cotistas têm desempenho próximo dos não-cotistas (menos de 5% de diferença) em 33 dos 64 cursos analisados. Em dois deles, (Ciências Sociais e Bachalerado em História), a diferença é favorável aos cotistas em mais de 5%.
O levantamento do jornal analisou o desempenho de 252 mil estudantes nas provas do Enade de 2014, 2015 e 2016.
à a primeira vez que a universidade se vale de uma comissão do tipo para evitar possÃveis fraudes no sistema de cotas raciais. #GazetadoPovo
Publicado por Gazeta do Povo em Segunda, 11 de dezembro de 2017
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