Pensando em energia e no meio ambiente
A estudante Mikaela Iark, 17 anos, foi uma das aprovadas no curso de Engenharia de Energia, recém-lançado na Universidade Positivo. A motivação que recebeu do avô, que é engenheiro elétrico, pesou sobre a decisão pelo curso. "Ele me falou sobre a escassez de profissionais, e nisso surgiu o interesse em trabalhar na área, e busquei saber mais", conta. A aplicação da Engenharia de Energia no meio ambiente, e a conscientização de incentivo à economia de energia atraem Mikaela à área.
Crescimento tecnológico impulsiona a criação de novas graduações
O desenvolvimento tecnológico recente do Brasil explica, em parte, a criação de cursos como Engenharia de Produção, Engenharia Mecatrônica e Engenharia da Computação, na opinião do Coordenador das Câmaras Especialistas de Engenharia Elétrica no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Sérgio Cequinel.
Cequinel também é professor na Universidade Positivo, que a partir do ano que vem oferece o curso de Engenharia de Energia. "É um tema estratégico para o desenvolvimento do país. O egresso vai trabalhar com planejamento, gestão energética. Há várias indústrias investindo na área eólica e solar", argumenta. Engenharia Mecatrônica e Engenharia de Produção também são cursos recentes ligados ao desenvolvimento tecnológico.
Outra possível explicação para a abertura de espaço para novas graduações é que a tecnologia e a gestão energética, por exemplo, estão mais próximas dos usuários.
A oferta de cursos de graduação em engenharia em Curitiba vai ganhar reforço no ano que vem. Pelo menos quatro instituições de ensino da cidade estão planejando novidades na área para 2015. A falta de profissionais qualificados e a grande procura por cursos tem motivado instituições públicas e privadas a expandir as graduações. Atualmente, a capital conta com 133 cursos de bacharelado presenciais em diversas áreas da engenharia 29 públicos e 104 privados, segundo dados do Ministério da Educação .
Entre as instituições privadas, o Centro Universitário Uninter, a Universidade Positivo (UP) e a Faculdade Opet oferecem a partir do ano que vem seis novas engenharias. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) aprovou neste ano a criação do curso de Engenharia Mecatrônica. Para os coordenadores, a oferta decorre da grande procura de outras engenharias em atividade e pela demanda do mercado.
O grupo Uninter abriu três novos cursos presenciais de bacharelado em engenharia para 2015 em Curitiba: Engenharia de Produção, Engenharia da Computação e Engenharia Elétrica. Atualmente, uma equipe de 30 profissionais trabalha na formulação dos projetos pedagógicos dos novos cursos, entre coordenadores, tutores e professores.
O coordenador dos cursos de engenharia da Uninter, Edson Ferlin, atribui a criação dos cursos à demanda de profissionais e ao crescimento industrial do Brasil. São 100 novas vagas em cada um dos bacharelados. Além dos presenciais, também haverá Engenharia de Produção a distância, e a primeira turma começa em 2015. Na Engenharia de Produção, por exemplo, o profissional pode atuar em projetos de planejamento e controle de produção. "No Paraná, temos uma nova deslanchada na área industrial", diz.
Mecânica
A faculdade Opet oferece a partir de 2015 os cursos de Engenharia Civil e Engenharia Mecânica (60 vagas cada). A diretora do câmpus Rebouças, Andréia Caldani, diz que a instituição teve crescimento no número de matrículas nos últimos quatro anos. "Tivemos evasão abaixo do que existe nas engenharias como um todo."
A Unibrasil,por sua vez, começou 2014 com os novos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia Civil. Na UP, o curso de Engenharia de Energia também abre uma nova turma em 2015.
Na UTFPR, o curso de Engenharia Mecatrônica foi aprovado pelo Conselho de Graduação e Educação Profissional, mas ainda não há previsão de implantação. Atualmente, a instituição conta com 42 cursos de engenharia em todo o Paraná.