Definir de que forma a criança vai e volta da escola também requer planejamento antecipado. Caso os pais não possam levá-la, utilizar o serviço de transporte escolar é uma opção. Antes de fechar contrato, porém, é indispensável checar alguns dados para garantir a segurança de seu filho.
A diretora de administração escolar da Secretaria Estadual de Educação do Paraná (Seed), Ana Lúcia Albuquerque Schulham, recomenda que seja verificado se o prestador do serviço tem a licença de prefeitura para transportar estudantes.
"Deve-se pedir a comprovação de que o veículo foi vistoriado pelo Detran e qual o número máximo de crianças que podem ser levadas. Além do motorista, que deve estar com a sua habilitação atualizada, deve haver outro adulto responsável pelo embarque e desembarque dos estudantes."
Equilíbrio das atividades extras
A agenda das crianças já não se resume mais em ir para a aula e fazer o dever de casa. Hoje, as atividades extras preenchem a semana toda, como o estudo de uma segunda língua, esportes e até aulas de reforço. Mas tantas tarefas podem provocar uma sobrecarga nas crianças e exigem atenção dos pais.
Pedro, de 8 anos, filho do economista Theodoro Peratello Júnior, faz aulas de inglês, judô, futebol e xadrez, além de ter horários restritos para usar computador e ver tevê, e ter um grande incentivo à leitura dentro de casa. "Tentamos criá-lo dentro do que acreditamos ser valores saudáveis. Queremos prepará-lo para uma adolescência e juventude mais feliz", conta o pai.
Organizar a agenda de Pedro não é fácil, por isso a família resolveu conciliar os compromissos: a mãe faz inglês no mesmo horário e o pai aproveita o tempo do futebol e judô no clube para também praticar esportes.
Para a psicóloga Tânia Baibich-Faria, pós-doutora em psicologia social pela Universidade de Michigan, as atividades extracurriculares são importantíssimas na vida das crianças, mas devem ser ponderadas. "O tempo para a preguiça e para o brincar descompromissado são fundamentais no desenvolvimento das crianças e adolescentes", explica.
A psicóloga comenta que o diálogo com os filhos é prioridade na hora de escolher as atividades que entram na agenda deles.