A “guerrilha” digital como método de construção da “hegemonia conservadora”, de direita, é um dos módulos de seminário promovido pela escola do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na PUC-SP. A iniciativa reúne mais de cem alunos, a maioria deles militantes do MST e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), mas também de estudantes da universidade.
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O “Seminário sobre realidade brasileira e mídia” começou em abril e tem, em módulos mensais aos sábados, das 9h às 17h, aulas sobre “categorias básicas da economia política”, “processo de colonização e estrutura patriarcal”, “questão agrária e luta pela terra”, “formação dos monopólios e o papel da mídia no Brasil”, “revolução brasileira e projeto popular”.
No dia 29 de setembro, está prevista a aula sobre “Guerrilha da comunicação digital e fake news como método de construção da hegemonia conservadora”. Os palestrantes serão Pollyana Ferrari, professora do curso de jornalismo da PUC-SP, autora do livro “Como Sair das Bolhas”, e o jornalista Leonardo Sakamoto, autor de “O Que Aprendi Sendo Xingado na Internet”.
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Em entrevista à Folha de S. Paulo, o coordenador do curso, José Arbex, chefe do departamento de jornalismo da PUC-SP e também professor da Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST, afirmou que a mídia tradicional, e não apenas as redes sociais, ajudam a propagar mentiras. Segundo ele, “90% das notícias que saem [sobre movimentos sociais] são incompletas, falsas, erradas” ou com “ideias preconcebidas”.
A professora Pollyana Ferrari, também à Folha de S. Paulo, garantiu que o curso é sobre fake news em geral. Mas, na opinião dela, há uma hegemonia de direita nesse campo. “A fake news pega todo mundo, mas a gente não tem visto hegemonia da esquerda na criação de notícias falsas, mas sim da direita. É sempre uma ação conservadora, de ódio do outro”, disse.
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