De férias, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, entrou em discussão com manifestantes enquanto jantava com a família em um restaurante em Santarém, no Pará, na noite desta segunda-feira (22).
Na mesa, Weintraub, a esposa e os três filhos foram rodeados de cartazes que traziam "Devolva nosso futuro", "Sr. Sinistro da educação, devido ao seu mau desempenho, promovendo balbúrdia em seus atos contra a educação, cortamos 3 chocolatinhos da sua sobremesa, mas oferecemos uma kafta para o senhor".
As mensagens, de tom irônico, dizem respeito a dois episódios envolvendo o ministro da Educação. O primeiro deles, quando, em vídeo, Weintraub usou chocolates para tentar explicar o contingenciamento no orçamento da educação.
Os jovens, em seguida, lhe entregaram um prato de "kafta", da culinária árabe, em ironia ao episódio em que o ministro, durante audiência no Senado Federal, se confundiu e disse "Kafta" em vez de (Franz) "Kafka".
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o representante do MEC discutindo com homens indígenas. Em meio a gritos, Weintraub pede para falar ao microfone, mas os manifestantes negam. "Eu vou falar porque eu estou na minha terra. Essa terra foi conseguida com muito sangue", grita um dos homens. Assista:
Em outra publicação que circula nas redes, Weintraub aparenta falar de forma calma ao público pelo microfone. "Estou de férias com a minha família, e vocês vêm tentar me humilhar na frente dos meus filhos? É isso que vocês são?", diz, e repete "É isso o que vocês são?".
Obrigado Sra. Marília, vocês gravaram a agressão à minha família! A verdade prevalece, ao contrário do veiculado pelos jornalecos, como o Uol/Folha da família frias ou o Globo da família marinho. Fiquem com Deus! https://t.co/LEI9BdqRqK
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) July 23, 2019
Após o bate-boca, Weintraub tuitou: "Pretendo passar alguns dias no Pará, Santarém, com minha família. Nossos três filhos pequenos de férias, jantando comigo e minha esposa em uma praça. Advinhem...os mesmos que se dizem defender os direitos humanos nos cercaram...as crianças ainda estão chorando!".