O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (22) que o procurador regional da República do Distrito Federal, Guilherme Schelb, é cotado para o cargo de ministro da Educação. Schelb é abertamente favorável ao projeto Escola Sem Partido e contra a ideologia de gênero nas escolas.
No ano passado, o procurador divulgou um modelo de notificação extrajudicial contra doutrinação em sala de aula, direcionado a escolas, que serviria para pais questionarem conteúdos escolares que contrariassem seu direito de educar moral e religiosamente os filhos.
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Questionado se o escolhido terá que ser alinhado ao projeto Escola Sem Partido, Bolsonaro disse que o nome correto é “Escola Com Partido”. “O projeto diz que quando a pessoa quiser usar espaço cativo para dizer que partido A é melhor que o B, o aluno pode contrapor sem sofrer retaliação”, declarou.
O Escola Sem Partido prevê a proibição do que chama de prática de doutrinação política e ideológica pelos professores, além de vetar atividades e a veiculação de conteúdos que não estejam de acordo com as convicções morais e religiosas dos pais dos estudantes.
Bolsonaro também defendeu que o escolhido tem que ser contra ideologia de gênero. “Quem ensina sexo é papai e mamãe. Escola é lugar de se aprender matemática, física e química para que no futuro tenhamos um bom empregado, um bom patrão”, disse.
O presidente eleito afirmou que o nome do educador Mozart Neves, diretor do Instituto Ayrton Senna, para o cargo pode ter tido a intenção de “fazer com que a bancada evangélica se voltasse contra a minha pessoa”. “Nem foi cogitado o nome do senhor Mozart. Não procede isso”, disse Bolsonaro. Ele ponderou que tem “todo respeito e admiração por Mozart”.
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Bolsonaro disse ainda que “dizem” que ele não vai ter apoio do parlamento, mas que fez toda a sua campanha praticamente sozinho e que a maioria dos parlamentares do chamado “Centrão” ou optou por apoiá-lo ou ficou neutro.
O militar da reserva falou ao sair de reunião no Comando da Marinha com os Comandantes indicados para as Forças Armadas. Mais cedo, ao chegar, chamou a informação sobre a indicação de Mozart de “fake news”.
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*** Veja abaixo algumas manifestações de Schelb no Twitter: