A Lei de Diretrizes e Bases, que norteia as decisões na área educacional, prevê 200 dias letivos. Tirando os fins de semana, o que sobra é o período de férias. Mas, qual a melhor maneira de aproveitar ao máximo essa época?
Na tentativa de responder a esta pergunta, o professor Carlos Machado Junior diz que é importante que o aluno descanse, mas isso não significa que todo o conhecimento teórico adquirido na escola tenha de ser deixado de lado e só retomado no próximo ano.
A proposta do professor também não limita as férias à retomada de conteúdos ou à preocupação com o que será estudado no próximo ano letivo. "É importante que o aluno saiba que o conhecimento teórico pode e deve ser usado no dia-a-dia, em inúmeras situações. E o período de férias é um momento propício para fazer com que essa prática aconteça naturalmente", diz.
Para Machado, uma boa oportunidade de praticar a teoria é viajar. "Se o estudante vai à Bahia, por exemplo, pode inserir programações culturais e visitar pontos turísticos que o façam relembrar as aulas de história referentes à arquitetura barroca. E isso não precisa ser feito de forma forçada", diz. O aluno pode lembrar do conhecimento que adquiriu sem teorizar nada e sem ter de recordar conceitos específicos.
O professor lembra que muitos alunos aguardam a chegada das férias como se fosse uma salvação para todas as suas ansiedades. "Tem alunos que dizem: estou de férias, estou livre!", exemplifica. Mas essa idéia de liberdade é falsa. Trabalho e lazer não são conceitos opostos, ambos se referem a ações humanas. "A vida é a interação contínua dessas questões em uma mesma esfera. É claro que nas férias o aluno deve fazer coisas de que gosta e que não tem tempo no período escolar, mas acredito que isso seja uma questão de organização. Mas não se pode separar o estudo do lazer", diz.