O Ministério da Educação (MEC) anunciou esta semana que ampliará, em 2006, a distribuição de dicionários da língua portuguesa às escolas públicas do país. As obras, que antes eram entregues apenas aos alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental, agora, segundo o MEC, chegarão às escolas públicas de 5ª a 8ª séries.
Serão distribuídos cerca de 6,5 milhões de dicionários, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Ao todo, 30 milhões de alunos deverão ter acesso aos livros. Atualmente. Em 2005, segundo o MEC, foram distribuídos dicionários para 136.389 escolas de 1ª a 4ª séries, com 17 milhões de alunos. Agora, outros 13,6 milhões de estudantes de 5ª a 8ª séries deverão ter acesso às obras.
Desde 2001, quase 39 milhões de dicionários foram distribuídos aos estudantes para uso pessoal. A partir de 2005, o sistema de distribuição foi reformulado, de maneira a dar prioridade à utilização do material em sala de aula. Agora, são distribuídos cerca de oito a dez dicionários por sala de aula.
O diretor de Ações Educacionais do Ministério da Educação, Daniel Balaban, diz que a idéia é montar um acervo em cada escola para que os estudantes utilizem o dicionário em sala de aula. Para ele, o material é uma forma de estímulo à leitura e melhoria da linguagem. "Com os dicionários todas as crianças vão começar a aprender e expandir o seu vocabulário", diz ele.
O material distribuído é de três tipos diferentes, de acordo com o nível dos estudantes. A iniciativa é do Programa Nacional do Livro Didático, executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Para desenvolver a ação, o MEC vai gastar cerca de R$ 60 milhões, valor que é cerca de 30% maior do que o empregado em 2005.