Testes para implantação do Diploma Digital foram feitos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)| Foto: Jair Quint/Agecom/UFSC

As universidades brasileiras irão deixar de emitir o diploma de graduação em papel, formato físico, até 2022. Os certificados serão digitais. Essa foi uma das novidades anunciadas pelo Ministério da Educação (MEC) nesta terça-feira (10) durante o lançamento do programa “Diploma Digital”.

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Após ter acesso ao documento por meio do novo sistema – com todas as informações validadas pelas instituições de ensino superior -, o estudante poderá imprimi-lo.

Segundo o MEC, um dos pontos fundamentais do diploma em formato digital é a possibilidade de verificação de todas as informações presentes nos certificados, o que deve reduzir o número de “canudos” falsos e irregulares. Haverá um QR Code no documento e procedimentos técnicos padronizados para garantir a lisura do processo. A nota técnica para nortear o trabalho das instituições foi também publicada nesta terça.

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Por lei, apenas as universidades podem emitir e registrar os certificados que atestem a conclusão do curso de ensino superior. Essas instituições terão dois anos para fazer as adaptações necessárias – de dezembro de 2019 até dezembro de 2021 – e a partir de 2022 terão de estar com o novo sistema em funcionamento.

No caso de alunos de faculdades, eles continuarão tendo de remeter o pedido de emissão e registro do diploma a uma universidade - como ocorre atualmente. Agora, porém, o processo também será por meios eletrônicos e deve ficar mais ágil .

O novo processo será adotado neste momento nos casos dos diplomas da graduação e, futuramente, será ampliado para a pós-graduação.

Economia

Além das questões relativas à segurança, o novo método pretende que haja economia de tempo e dinheiro. De acordo o governo federal, todas as etapas para emitir e registrar um diploma de graduação podem levar de 80 a 120 dias atualmente. Com o Diploma Digital, a expectativa é de que esse tempo caia para algumas semanas ou até alguns dias. Testes foram feitos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e, segundo o MEC, o processo todo durou quatro dias.

Com a redução da burocracia, a ideia é que os servidores das instituições de ensino possam se dedicar a outras tarefas dentro das universidades.

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Quanto aos valores, o ministério informou que todas as etapas para se produzir e imprimir um diploma em papel custam, em média, R$ 390. Já com a nova tecnologia, deve sair por R$ 85.

E quem já se formou?

Quem se já formou e tem o certificado em papel, poderá solicitar o diploma digital. Terá de comparecer à instituição em que concluiu a graduação e fazer o pedido do documento no novo formato.

De acordo com o MEC, o procedimento será semelhante ao requerimento para a segunda via do diploma, só que agora tudo será feito por meios eletrônicos. Mas, para que isso seja possível, o programa “Diploma Digital” já deve ter sido adotado pela instituição. O prazo final para todas as universidades estarem adaptadas, como já foi mencionado, é dezembro de 2021.