Do IBGE para a sala de aula

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O Censo 2010, que começou no início deste mês, não deve ficar longe das salas de aula. O tradicional levantamento de dados sobre a população brasileira, feito de casa em casa pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, vem servindo de mote para as aulas de alguns educadores. O censo inspirou que a professora de geografia Cibele Cruz, do Colégio Dom Bosco, levasse o recenseamento ao alcance dos seus alunos, que vão fazer um mapeamento detalhado das três sedes da escola. Até o 4.º bimestre eles vão levantar vários dados para um minicenso, como perfil sócio econômico dos colegas, meio de transporte que eles usam para ir à escola, concentração de alunos em cada bairro da cidade e o acesso das famílias a meios eletrônicos e jornais.

Na primeira etapa vão montar tabelas, gráficos e mapas detalhados. Ao final do levantamento, os dados serão computados, analisados em sala e os próprios estudantes vão propor melhorias para a escola com base nos problemas que identificarem. A ideia é que o assunto, estudado dentro da área de dinâmica da população e visto no primeiro ano do ensino médio, seja incorporado ao dia a dia do estudante para que ele consiga encará-lo como algo acessível e familiar.

Além da prática, o conteúdo é ensinado dentro de sala de aula, mas nem por isso de forma pesada e cheio de dados incompreensíveis. As informações do Censo, que em ano de recenseamento estão mais em voga do que nunca, saem direto dos jornais para os computadores que os alunos usam na escola. "Acompanho com eles tudo o que é publicado sobre o tema na mídia para que eles entendam o processo inteiro, desde quem é o recenseador até para que serão usados os dados coletados no Brasil", explica.

De tanto consultá-lo, os alunos conhecem de cor o site do IBGE. Ao invés de ficar só em conceitos, a professora prefere que eles tenham contato direto com as informações oficiais. "A cada quinze dias, o IBGE faz um relatório do que está acontecendo. Nós estamos acompanhando passo a passo, além de segui-lo pelas mídias sociais, como o Twitter", conta Cibele.