Drag queen Natha Sympson se apresenta em escola de Salvador| Foto: Reprodução

Primeiro aconteceu em Juiz de Fora (MG). Depois em Salvador (BA). Depois em Pelotas (RS)

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As drag queens estão ganhando espaço nas escolas do país em nome de uma agenda ideológica que se aproveita da imaturidade dos alunos.

Em princípio, é discutível se um homem vestido como mulher automaticamente constitui uma afronta aos mais novos. Quando crianças, jovens adultos de hoje se habituaram a assistir à Vovó Mafalda, que na verdade era o ator Valentino Guzzo vestido como uma simpática velhinha – assim como a personagem Velha Surda, da Praça é Nossa, interpretada por Roni Rios. No divertido filme Quanto Mais Quente Melhor, de 1959, o humor vem do fato de que o personagem interpretado pro Tony Curtis se passa por mulher. Mais recentemente, em "As Branquelas", dois policiais se disfarçam de socialites para investigar um crime. 

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O problema, portanto, não é a simples presença dessas pessoas. É a mensagem que elas são convocadas para vender. 

"Toma, família brasileira", disse a drag de Juiz de Fora depois de ensinar que "coisa de menino e de menina" "não existe. Em seguida, ela cantou com os alunos uma música de Pabllo Vittar cuja letra inclui "Me beija a noite inteira / sexy na banheira / Vou te dar canseira / quero do inicio até o fim".  Por fim, chamou uma professora de "bicha". 

Na Bahia, a “a drag mais quente de Salvador” foi convidada para fazer uma dança sensual ao som de (novamente)  Pabllo Vittar. Um dos trechos dizia: “Vai passar mal / Viro sua mente com meu corpo sensual / Minha boca é quente, vem  / Não tem igual”.

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Em Pelotas (RS), outra drag queen falou a alunos da rede pública em um evento destinado a promover a ideologia de gênero. Um dos palestrantes se queixou do "gênero imposto no nascimento" pelo médico que fez o seu parto.

Na Paraíba, um professor se vestiu de drag queen para falar da diversidade durante uma aula de... química.

E, sim, isso é um problema.

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Em uma fase sensível da vida dos alunos, a exposição a performance de teor erótico ou a pregação de que o gênero é uma construção social provoca confusão e abole as linhas que demarcam a diferença entre homem e mulher.

A confusão pode deixar marcas permanentes. Num dos mais completos estudos sobre crianças supostamente transgênero, o American College of Pediatricians concluiu: “Comportamentos de longo prazo modificam a microestrutura cerebral. Não há evidências de que as pessoas nasçam com microestruturas cerebrais que são imutáveis para sempre, mas há evidências importantes de que a experiência modifica a microestrutura cerebral”. Em outras palavras: “Se e quando forem identificadas diferenças válidas nos cérebros de transgêneros, é provável que elas serão um fruto do comportamento transgênero, não sua causa”.

A imposição dessa agenda também contraria a opinião popular. Levantamento do Paraná Pesquisas feito  a pedido da Gazeta do Povo mostrou que 87% dos brasileiros são contra o ensino da ideologia de gênero nas escolas. 

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Não é possível que as escolas ignorem a vontade das famílias. Propagar essas ideias de forma ostensiva, por vezes obscena, é uma violência dupla aos direitos dos pais. O Pacto de São José da Costa Rica, do qual o Brasil é signatário, estabelece que os pais “têm direito a que seus filhos ou pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja acorde com suas próprias convicções”.

Performances grotescas ou inapropriadas não atendem nem mesmo a legítima reivinvidação do movimento gay por respeito, já que apresentações repletas de teor sexual reforçam os estereótipos mais nocivos sobre o que é ser gay.

O Brasil, que continua nos últimos lugares em quase todos os índices que medem a qualidade da educação, precisa tratar suas crianças melhor.