A liberdade na educação é similar à liberdade geral. Em resumo, a liberdade dá a oportunidade de viver a vida do modo que achamos mais apropriado, mas não diz como vivê-la.
A liberdade é agnóstica à moralidade, apesar de não ser possível ter moralidade sem liberdade. Isto é, se você apenas fizer “a coisa certa” porque um controlador está determinando, então não está fazendo o que é “certo”. Seu mestre recebe o crédito por isso.
Além disso, às vezes é difícil saber o que é “a coisa certa”. Para descobrir o que é certo e errado, tanto para o indivíduo quanto para a sociedade, é preciso o tipo de discurso e comportamento arriscado que apenas a liberdade permite. O erro que muitas escolas cometem é confundir moralidade com complacência.
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A liberdade na educação, conhecida nos círculos de homeschooling como “educação autodirigida” ou “desescolarização”, é ainda mais importante do que a liberdade no sentido geral, já que as únicas coisas realmente sob nosso controle são nossos pensamentos, palavras e atos.
Qualquer tipo de invasão ao direito daquilo que influencia nossos pensamentos, qual retórica usamos ou qual ação (ou falta de ação) decidirmos tomar, é um ataque direto à nossa capacidade de manifestar em nós mesmos nosso potencial máximo.
Quase todas as escolas públicas, privadas e charter schools cometem o pecado de priorizar o currículo acima do ser humano soberano que é submetido a isso.
Pressupondo isso, e pressupondo um ambiente de liberdade acadêmica para estudantes de todas as idades, que conselho ou orientação você ofereceria para o jovem estudante?
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Por exemplo, liberdade em um sentido mais amplo significa que deveríamos poder escolher comer fast food todo dia, passar quarenta horas por semana nas redes sociais e gastar todo o dinheiro em bijuterias de plástico. Obviamente, essas escolhas são ruins, mas são escolhas que são permitidas em uma sociedade livre.
Então o que você diz para um jovem de 14 anos que tem total liberdade acadêmica? Eu ficaria tentado a começar com “encontre algo maior do que você e dedique sua essência a isso”.
Acredito que esse é um conselho muito bom, mas também insuficiente. Combatentes do Estado Islâmico encontraram algo maior do que eles e estão dispostos a morrer em nome disso.
“Não tenha medo de ofender as pessoas” também é um conselho muito bom, embora insuficiente. Para parafrasear Brendan O’Neill, a ofensa é o veículo necessário para o progresso social. Entretanto, gritar ofensas raciais em um shopping lotado ofenderá muita gente sem chutar a bola do progresso social em direção ao gol.
Talvez o melhor conselho para um jovem sortudo o suficiente para se encontrar em um ambiente de autodireção é ter um pouco de humildade. Fazer da investigação honesta da verdade seu objetivo. Não se apegar muito a opiniões fortes. Não ter a vitória como o objetivo de um debate. Entrar e sair da sua zona de conforto. Ser honesto com você mesmo e depois com os outros.
Estar consciente das suas emoções e escutá-las, mas não permitir que elas prejudiquem sua capacidade de pensar e agir racionalmente. Adotar o mantra: “Nunca vou saber tudo. Posso estar errado. Mas honestemente é nisso que acredito”. Sempre, sempre tentar seu melhor! Mas, novamente, ter um pouco de humildade.
*Brian Huskie é veterano de guerra na Operação Liberdade Iraquiana, professor em escola pública, pai em homeschooling e autor de “A White Rose: A Soldier's Story of Love, War, and School” (“Uma Rosa Branca: A História de um Soldado sobre Amor, Guerra e Escola”, em tradução livre).
©2018 FEE. Publicado com permissão. Original em inglês.
Tradução: Andressa Muniz
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