Em mais uma bate papo por meio de seu perfil no Facebook, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta (15) as cotas raciais em instituições de ensino superior e o processo de realização do Enem.
O exame deste ano foi o tema da conversa. Já realizada em outras duas ocasiões, quando Dilma abordou o marco civil da internet e o Pronatec, programa de ensino técnico que será usado como principal bandeira da educação na campanha à reeleição. Assim como nas edições passadas, a troca de mensagens durou cerca de uma hora.
"As cotas raciais integram as ações afirmativas necessárias para que superemos as consequências de 300 anos de escravidão e do racismo dela decorrente", respondeu Dilma ao ser questionada se as cotas não podem ser consideradas um sinal de racismo. A lei federal prevê a reserva, até 2016, de 50% das vagas nas universidades federais a alunos de escolas públicas.
A presidente elogiou ainda a segurança da prova e os critérios de correção da redação, alvo de polêmica em edições passadas. A partir do ano passado, o Inep (órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem) passou a anular redações com inserções indevidas, após divulgação de textos com trecho de hino de futebol e receita de miojo.
"Os corretores das provas de redação recebem um número limitado por dia. Temos tido o cuidado de garantir aos corretores as melhores condições para que eles façam o seu trabalho de forma adequada", disse a presidente, que também elogiou o esquema de segurança na aplicação da prova.
Tom eleitoral
A presidente respondeu bem humorada a pergunta de um internauta que questionou "quem foi que colocou filho de pobre na universidade". Em forma de enquete, ele sugeriu como respostas "ditadura", "Collor", "FHC" e "Lula e Dilma".
"Essa pergunta de múltipla escolha é muito fácil!!!!!!", respondeu a presidente, seguida da hashtag #DilmaResponde. Mais tarde, ela ainda enviou uma foto mandando beijo para um internauta que pediu o gesto.
Dilma, no entanto, também foi alvo de críticas sobre educação.
"Mesmo sabendo [o que] a senhora já fez na educação. Inclusive o piso salarial dos professores, mas ainda ganhamos uma miséria, em Pernambuco temos o pior salário. Acho que o investimento agora tem que ser para o professor, precisamos ter mais dignidade", disse uma internauta.
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