Após ter seu histórico escolar divulgado nas redes sociais, com notas baixas na faculdade, o ministro da Educação, Abraham Weintraub veiculou vídeo em que lamenta a divulgação do documento e relata drama familiar para justificar o seu desempenho.
"Está circulando na internet o meu boletim do primeiro ano e meio na faculdade, os três primeiros semestres na USP (...). E esse primeiro ano e meio meu foi um inferno", conta.
"Como esse boletim foi obtido, é ilegal, não tinha acesso, mas ele não é fake news, é verdade", disse. "Nesse primeiro ano e meio os meus pais se separaram, teve o Plano Collor, minha família desmanchou, eu tive depressão e eu sofri um acidente horroroso que eu tive de colocar parafuso no braço; eu fiquei seis meses sem poder escrever e só teve um professor que me deixou fazer prova oral, está aqui a cicatriz, 15 centímetros", afirmou mostrando o ombro direito.
Já levei tombo na vida, mas dei a volta por cima pic.twitter.com/hx1OXMuPNe
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) 3 de maio de 2019
O histórico escolar do ministro foi divulgado pelo cientista político Alberto Carlos Almeida, após o ministro anunciar cortes nos orçamentos das universidades. No Twitter, Almeida postou:
Histórico escolar do Ministro da Educação. Ele era bom de balbúrdia. pic.twitter.com/780cXOejGR
— Alberto C. Almeida (@albertocalmeida) 2 de maio de 2019
No início da semana, em entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo o ministro alegou, entre os motivos para a redução de recursos para as instituições de ensino superior públicas, casos de "balbúrdia" no ambiente acadêmico, pagos pelo erário. Mas o ministro não foi claro quais seriam os eventos que poderiam ser assim classificados. Seus críticos, então, utilizaram o documento nas redes sociais em retaliação a esse fato.
EDITORIAL: As polêmicas do MEC continuam