Filhos com maior empatia com o pai na primeira infância têm menos probabilidade de desenvolver problemas comportamentais. Esse é o resultado de um estudo realizado com mais de 6 mil crianças de 9 a 11 anos na Universidade de Oxford e publicado no British Medical Journal.
Os pesquisadores acompanharam os pequenos desde as primeiras semanas de vida. O objetivo era investigar qual era o impacto do pai no desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças.
De acordo com o estudo, as crianças com maior conexão emocional com o pai nos primeiros anos tinham 20% menos de possibilidades de desenvolver problemas de conduta entre 9 e 11 anos. Ao mesmo tempo, filhos cujos pais demonstraram ter mais segurança emocional em seu papel de pai e marido tinham uma tendência 28% menor de apresentar conflitos emocionais. O levantamento mostrou também que os efeitos eram iguais tanto para meninos quanto para as meninas.
Os pesquisadores de Oxford apontaram também que a conduta do pai pode atenuar as consequências emocionais na vida futura das dificuldades nos primeiros anos com a mãe como, por exemplo, a depressão pós-parto.
As atividades que promovem a empatia, de acordo com o estudo, incluem a frequência do contato com o filho, a presença no nascimento e participar do seu cuidado, principalmente no momento das brincadeiras, da comida e do banho.