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Tecnologia

Enem 2014 contará com sistema de treino on-line

 | Divulgação/G.A.T.E.
(Foto: Divulgação/G.A.T.E.)
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Estudantes da rede pública interessados em se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 contarão com uma plataforma digital gratuita como ferramenta de apoio. O Geekie Games, iniciativa da start-up paulista Geekie, disponibilizará a escolas públicas de todo o país um software de diagnóstico que identifica fraquezas de aprendizagem, sugere estratégias de estudo e aplica simulados aos candidatos. O sistema deve ficar aberto aos estudantes a partir do fim de maio – quando abrirem as inscrições para o Enem – até o dia do exame.

O Geekie Games (www.geekie.com.br) foi o único projeto dessa modalidade a ser certificado oficialmente pelo Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa (Inep) e conta com apoio de divulgação do Ministério de Educação (MEC). No ano passado, o software esteve disponível por apenas 60 dias e registrou 2 milhões de estudantes cadastrados, o equivalente a 40% dos candidatos do Enem que compareceram às provas. Desse total, 600 mil foram considerados usuários ativos, ou seja, cumpriram os planos de estudo propostos pela plataforma. Além disso, a Geekie firmou parcerias com 11 secretarias estaduais de Educação, reunindo participantes de 17 mil escolas públicas do país.

Outro trunfo para o sistema ganhar relevância foi a presença do então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na cerimônia de encerramento da última edição do Geekie Games, quando foi anunciado que a iniciativa seria "difundida ao máximo" pelo MEC e serviria de modelo para futuras licitações de sistemas de treino focados na Prova Brasil e no Pisa, sistema de avaliação internacional de aprendizagem.

Parceria

Tanto o Inep como a Geekie reforçam que não há contrato envolvendo valores financeiros na parceria. "Foi um acordo que não envolveu qualquer transação de dinheiro. O que aconteceu foi que o Inep avaliou nossa tecnologia e atestou nossa qualidade ao nos incluir no Banco de Propostas Inovadoras em Avaliação da Educação Básica", diz a assessoria da Geekie. Informação confirmada pelo Inep.

"Com um mês de projeto, nós recebemos ligação pa­ra uma audiência com o Mer­cadante. Ele disse: ‘Se é assim como você está falando, eu não quero acesso por apenas por 60 dias, mas quero pelo ano todo, para todo mundo’", disse Claudio Sassaki, CEO da Geekie, em palestra ocorrida em São Paulo, durante o evento Global Access Through Education (G.A.T.E). Na ocasião, Sassaki contou que, a pedido do ministro, sua equipe teve um encontro com os responsáveis pela elaboração do Enem. Foram questionados sobre o funcionamento do programa e, por fim, ganharam o parecer positivo do MEC.

Plano de estudo

Sistema se adapta às necessidades de cada aluno, explica CEO

O Geekie Games não é um curso on-line, mas sim um sistema de diagnóstico e estratégia de estudo. Conforme explica seu criador, Claudio Sassaki, a primeira etapa para o usuário é fazer uma prova criada nos moldes do Enem. O simulado diz que nota o candidato tiraria se a prova fosse hoje. A partir desse resultado, o sistema identifica os pontos fortes e fracos do aluno e sugere "missões", que seriam planos de estudo formados por vídeo-aulas, textos, jogos, exercícios e alternativas pedagógicas disponíveis gratuitamente na internet.

Esse mix de conteúdos é uma das principais inovações do programa. O sistema não propõe material próprio de estudo, mas faz uma busca em toda a rede atrás de opções que se adaptem às necessidades do aluno. "Funciona como um GPS. Ele sugere um caminho, mas, se você quiser ir por outro, ele recalcula a rota. O aluno tem liberdade de escolha e o que a gente faz é recalcular o plano de estudo dele", explica Sassaki. Entre os fornecedores de conteúdos mais aproveitados pelo Geekie Games estão a Khan Academy e o canal de tevê Futura.

O CEO da start-up Geekie se orgulha dos resultados obtidos em 2013. Segundo ele, foram 3 milhões de vídeo-aulas assistidas, 6,8 milhões de textos de estudo acessados e o tempo médio diário de cada usuário no sistema foi de 2h24. Como exemplo de melhora no desempenho, Sassaki cita o caso de uma aluna de Pernambuco que tirou 433 na primeira prova. Depois de nove planos de estudo, a média saltou para 871. "Essa nota é suficiente para entrar em qualquer faculdade de Medicina do país", diz Sassaki.

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