Apesar de alguns casos de candidatos que foram impedidos de fazer a prova deste domingo (17) para garantir a possibilidade de distanciamento, o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Alexandre Lopes, afirmou que, de forma geral, a aplicação da primeira prova do Enem 2020 foi tranquila em relação à segurança sanitária.
“Houve avaliações e verificações pelos órgãos competentes. Na cidade de Mariana (MG), o prefeito pediu para visitar as salas. A vigilância sanitária visitou a Universidade Federal de Santa Catarina. O Ministério Público tinha também uma força-tarefa observando as salas de aplicação pelo Brasil inteiro. Mas nós não tivemos nenhum local de prova interditado por questões de saúde”, afirmou Lopes.
Ele minimizou os casos de candidatos barrados, esclarecendo que eles poderão fazer a prova nos dias 23 e 24 de fevereiro, quando haverá reaplicação do Enem. “Dos 14.447 locais de prova, tivemos 11 locais de prova com, aparentemente, alguma dificuldade dos alunos poderem realizar a prova. É importante salientar que nenhum aluno, nenhum participante, será prejudicado. Qualquer participante, em qualquer lugar do Brasil, que tenha se sentido prejudicado, a partir do dia 25 de janeiro, como está no edital, poderá solicitar a reaplicação, feita nos dias 23 e 24 de fevereiro.”
As cidades onde houve problemas de limitação da entrada de alunos por conta de cuidados sanitários foram Florianópolis, Londrina, Curitiba, Pelotas (RS), Caxias do Sul (RS) e Canoas (RS).
Em três escolas na Bahia, houve falta de energia. Segundo o presidente do Inep, o aluno que se sentiu prejudicado por esse problema também poderá solicitar a reaplicação. “Será deferida, não haverá nenhum problema em relação a isso”, garantiu Lopes.
“Não somos insensíveis”, diz ministro da Educação sobre segurança sanitária no Enem
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, rebateu as críticas a seu ministério pela insistência em aplicar a prova em janeiro. Ele disse que os participantes do Enem, por sua idade, são capazes de tomar as medidas de segurança sanitária necessárias.
“Nós estamos falando com pessoas adultas, jovens adultos. Não é a mesma coisa de lidar com crianças. (…) Estamos falando com jovens adultos, que sabem se proteger. Isso é diferente de tratarmos com crianças”, afirmou.
O MEC, de acordo com Ribeiro, houve 20 ações na Justiça contrárias à aplicação do Enem em todo o Brasil. “Em todas, o MEC e suas vinculadas foram vitoriosas”, disse ele.
Para o ministro, a decisão de suspender a aplicação da prova no Amazonas, que enfrenta grave crise sanitária, mostra que o MEC não é indiferente em relação ao problema da Covid-19. “Fizemos questão de transferir os pouco mais de 160 mil estudantes do Amazonas para fazer a prova nos dias 23 e 24 de fevereiro. Essa atitude demonstra a sensibilidade do MEC, que foi tido um ministério insensível à dor, expondo os alunos… Não é verdade. (…) Lá não tem nenhum robô. Nós não somos insensíveis. Não queríamos prejudicar ainda mais nossos estudantes.”
Além de todo o Estado do Amazonas, dois municípios de Rondônia – Espigão D’Oeste e Rolim de Moura – não tiveram aplicação da prova do Enem neste domingo. Nos municípios onde a prova foi aplicada no Brasil, a taxa de abstenção foi de 51,5%.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares