Conciliar os momentos de lazer com uma rotina organizada de estudos costuma ser uma máxima de professores e profissionais da área de educação: sem um pouco de descanso, não há concentração que persista. Portanto, tirar um tempo para relaxar é fundamental . Mas, mesmo nessas horas livres, é possível adquirir conhecimentos e conhecer contextos que, por ventura, podem ajudar na prova do Enem 2016, que acontece nos dias 5 e 6 de novembro.
A professora de produção de texto do Colégio Bom Jesus, Cleuza Cecato, listou 10 títulos com temas contemporâneos relevantes que podem estar presentes na prova. “Estudar com cinema sempre dá cancha e ideias”, salienta. Alguns dos filmes estão disponíveis na Netflix. Confira:
O Mercado de Notícias (2014)
Com roteiro e direção de Jorge Furtado , o documentário aborda a relação entre o jornalismo e a democracia, e traz depoimentos de 13 profissionais brasileiros sobre o sentido e a prática da profissão. Casos recentes da política brasileira e o destaque da cobertura da imprensa nesses acontecimentos também são abordados. O filme ganhou prêmio de Melhor Documentário no CinePE de 2014.
Spotlight – Segredos Revelados (2015)
Novamente, um filme que aborda o papel da imprensa. Vencedor do Oscar deste ano, traz a história de um grupo de jornalistas do “The Boston Globe” que, no início dos anos 2000, iniciou uma investigação que revelou diversos casos de abusos de crianças por padres católicos, e o acobertamento por parte da igreja. O filme é baseado na história real dos jornalistas – a série de reportagens (com mais de 600 textos publicados em 2002 e o afastamento de 249 padres), mexeu com o cotidiano de Boston, cidade com forte tradição católica, e ganhou o prêmio máximo do jornalismo, o Pulitzer, em 2003.
O Sal da Terra (2015)
A atenção a esse documentário, que narra a vida e obra do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, um dos mais renomados do mundo, deve ser sobretudo para a questão da fotografia como documento, salienta Cleuza Cecato, já que o Enem costuma focar nas referências apresentadas. Salgado presenciou e registrou fatos históricos e sociais notáveis em suas reportagens fotográficas, como o genocídio de Ruanda, em 1994.
O Filho de Saul (2015)
O filme húngaro, premiado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro este ano, narra a história de Saul, um judeu que trabalha em um campo de concentração em um grupo chamado de Sonderkommando, formado por prisioneiros que limpam as câmaras de gás após as execuções. A obra é elogiada por tratar do tema, recorrente no cinema, sob uma nova ótica.
A Separação (2011)
Primeiro filme iraniano a ser premiado com o Oscar na categoria de filme estrangeiro, traz a história de um casal que quer se separar – a esposa deseja levar a filha embora do Irã, enquanto o marido quer ficar no país para cuidar do pai, que tem mal de alzheimer. A presença de uma cuidadora em casa, que trabalha sem o consentimento do marido, gera um conflito moral entre as famílias. O longa também ganhou três prêmios no Festival de Berlim, e um Globo de Ouro.
Habemus Papam (2011)
A comédia dramática dirigida pelo italiano Nanni Moretti faz críticas, de uma forma sutil, ao pensamento e a política do Vaticano, por meio da história de uma “crise existencial” do papa recém-eleito. “É um filme divertidíssimo, que de certa forma previu a renúncia papal”, fala a professora.
O Segredo dos Seus Olhos (2009)
Eleito por diversas publicações como o melhor filme da cinematografia recente, a produção argentina, dirigida por Juan José Campanella e protagonizado pelo “embaixador” do cinema argentino, Ricardo Darín, faz uma fina análise sobre justiça com a história do protagonista. Ex-servidor da polícia penal argentina, ele se aposenta e decide escrever um livro, inspirado em um caso real, de 25 atrás, que sempre lhe comoveu: o assassinato da jovem Liliana Colotto. Disponível na Netflix.
Persépolis (2007)
Autobiografia da escritora e ilustradora Marjane Satrapi, a animação começa pouco antes da Revolução Iraniana, e termina quando a diretora é expatriada, aos 22 anos, trajetória que faz o espectador compreender as transformações passadas pelo país. A animação ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, em 2007.
Medianeras – Buenos Aires na Era do Amor Virtual (2011)
A solidão urbana é o tema central do longa dirigido por Gustavo Taretto. Com narração dos protagonistas Martín (Javier Dorlas) e Mariana ( Pilar Ayala) , a história fala, ainda, sobre a transformação e o sufocamento dos grandes centros urbanos – as “medianeras”, que intitulam o filme, são as chamadas “paredes cegas”, sem janelas. As doenças contemporâneas, agravadas por esse contexto, também são discutidas no filme, que venceu o Festival de Gramado, em 2011.
Elefante Branco (2012)
Outro título argentino indicado pela professora Cleuza, que o recomenda para reflexão e análise da desigualdade social. No enredo, dois padres fazem um trabalho comunitário em uma favela de Buenos Aires, a Vila Virgen. Além da miséria, o local é atingido também pela violência e corrupção policial, o que faz com que os padres arrisquem suas vidas para continuar o trabalho. Acessível na Netflix.
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