Após mais de quatro horas do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os primeiros candidatos começaram a deixar os locais de provas em Curitiba. Na Unibrasil, após 90 questões e uma redação, a palavra mais ouvida foi cansaço. “A redação junto com matemática deixou a prova muito cansativa”, avaliou Mateus Trovão Consetino, 18 anos, que tentará o curso de design na PUCPR.
GALERIA: Veja fotos do segundo dia de provas do Enem em Curitiba.
Caixa Zero: Enem mostra que ódio ao feminismo é ódio à liberdade das mulheres
Leia a matéria completaJá Liliane Macedo da Silva, 18 anos, avaliou o tema da redação – a violência contra a mulher – como positivo. “Minha argumentação foi na origem desse problema social, que é a educação na infância”, afirmou.
O tema da redação, aliás, agradou também aos homens. Já sabendo das polêmicas nas redes sociais, Lucas Yago Mafrei Lagos, 17, disse que o tema é mais um importante alerta social. “As minorias e as mulheres ainda sofrem com a violência no nosso país e isso é abominável no século XXI”, disse o estudante, que será candidato ao curso de direito na UFPR.
De maneira geral, os alunos que estão deixando a Unibrasil mantêm a opinião de que a prova de química, aplicada no sábado (24) foi a mais difícil do Enem 2015. “A de matemática tinha até umas questões complicadas. Mas a de química realmente foi a mais complexa”, disse Lagos.
Violência contra a mulher é tema da redação do Enem 2015
Leia a matéria completaRedes sociais
Na internet, o tema da redação foi muito comemorado por grupos feministas. Nas redes sociais, não faltaram mensagens favoráveis à escolha. “A realidade é muito dura, pois neste momento em que milhares de pessoas estão refletindo sobre o tema pra fazer a redação, muitas mulheres estão sendo violentadas, agredidas, estupradas”, postou um grupo.
Para completar em seguida: “uma prova nacional e de grande abrangência funciona como política pública a favor da vida das mulheres!”. “Machistas não passarão! Literalmente hahahaha”, comentou nas redes sociais uma jovem de nome Bianca. Recebendo o complemento de outra chamada Bárbara: “Eu tô com uma sensação tão boa por saber que foi esse tema. E uma ansiedade absurda pra ver os lindos textos que minhas irmãs feministas vão produzir!”.
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