Os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizam a segunda etapa da prova, neste domingo (7). O tema da Redação são os “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”. Além disso, os candidatos devem responder a duas provas de múltipla escolha (de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, e de Matemática e suas Tecnologias), com 45 questões cada. Os portões abriram meio-dia e a prova começou às 13h30. Os candidatos só podem deixar a sala após duas horas. Somente pode levar o caderno de provas quem sair nos últimos 30 minutos.
O primeiro dia de provas foi marcado por uma prova de Ciências Humanas Complexas e por questões bem elaboradas para Ciências da Natureza. O tema do machismo, que em 2015 foi tema de redação, voltou a figurar na prova deste ano. Para o domingo, o grande desafio dos candidatos é construir uma redação de até 30 linhas. Devido à parte escrita, os candidatos têm 5h30 para resolver a prova, uma hora a mais do que no sábado.
Um falso vazamento da prova também movimentou o sábado. Um perfil no Facebook fez um vídeo ao vivo, como se estivesse dentro de um local de prova. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza a prova, chegou a se pronunciar oficialmente, para esclarecer que o vídeo era inverídico.
Ao todo, 8,6 milhões de pessoas se inscreveram para fazer o Enem 2016. Destas, cerca de 271 mil fazem as provas nos dias 3 e 4 de dezembro. São candidatos cujos locais de prova (405 ao todo) estavam ocupados por estudantes em protesto contra a reforma do Ensino Médio. O Inep ainda não divulgou o número de abstenções.
No Paraná, o o número de inscritos chega a 419 mil. Destes, 41 mil devem fazer a prova em dezembro, e os demais neste fim de semana. Na entrada das escolas ocupadas, o instituto publicou um aviso de que a data foi alterada por motivos de segurança, e lamentando os transtornos. Apesar do adiamento parcial, membros tanto do Inep quanto do Ministério da Educação (MEC) declararam que o balanço da prova foi “positivo”.
Cedo para não atrasar
Para não correr risco de atrasar e perder a prova, muitos estudantes optaram por chegar cedo aos locais de prova. O próprio Inep fez uma brincadeira nas redes sociais, alertando para quem “não quer virar meme” chegar cedo.
No Colégio estadual Professor Francisco Zardo, em Curitiba, não foi diferente. Ainda no 1.º ano do Ensino Médio, Kamile Stall, 15 anos, contou com a ajuda do pai, Célio Stall. Para driblar o atraso na hora da prova, Célio tomou providências. “Um dia antes já deixamos toda a documentação pronta pra deixá-la mais tranquila. E hoje chegamos 30 minutos mais cedo que ontem pra evitar trânsito.”
Kamile fez a prova para treinar. Ela quer testar seu conhecimento e se adaptar à prova. “Se começo a fazer a prova este ano, acredito que estarei mais preparada e tranquila para o próximo Enem”, diz a estudante que pensa em fazer a faculdade de jornalismo ou direito.
Julia Fonseca, 16 anos, veio acompanhada de seus pais Maurício e Cláudia Fonseca. Antes de entrar no local de prova, ela deu seu palpite para a Redação. “Meio ambiente, resíduos sólidos; imigrantes; saída do Reino Unido da União Europeia e preconceito racial e LGBT”.