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O número de candidatos transexuais e travestis subiu de 102, na edição 2014 do Enem, para 278 este ano. É um crescimento de 172% na quantidade de participantes que pediram para serem identificados pelo nome social. O Rio de Janeiro tem 33 candidatos nessa lista, perdendo apenas para São Paulo, com 89.

Os participantes travestis e transexuais terão, no cartão de confirmação da inscrição e no cartão de respostas, que é disponibilizado na hora da prova, o nome civil e também o nome pelo qual querem ser chamados.

Para Chico Soares, presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do Enem, a medida representa um avanço no acolhimento ao estudante:

“Encontramos uma solução institucional para atender a um tipo de participante dentro das restrições legais, com o objetivo de acolher a pessoa”, afirma.

Entre atendimentos diferenciados requeridos pelos candidatos, a situação mais comum é a dos sabatistas. Foram 71.195 participantes que declararam guardar o sábado, especialmente por motivos religiosos, demandando um tratamento específico. Candidatas lactantes somaram 10.773 e gestantes, 8.424. Há 718 inscritos que terão de fazer as provas em hospitais.

No rol de 11 deficiências ou condições especiais, 21.246 candidatos declararam limitação física. A baixa visão foi apontada por 11.414 participantes, dislexia por 2.521, surdez por 2.110 e discalculia por 463, para citar alguns exemplos. Um mesmo candidato pode declarar mais de uma deficiência ou condição especial, não sendo possível, com os dados disponibilizados pelo Inep, saber quantos candidatos no total terão algum suporte específico para fazer a prova.

Mulheres continuam sendo maioria entre os candidatos do Enem, representando 57,55% nesta edição. Dos 16 aos 20 anos, a faixa etária com o maior número de inscritos é a dos 17 anos, com 1,1 milhão. No intervalo de 21 a 30, são 2,3 milhões de participantes. Há, ainda, 1,1 milhão de candidatos com mais de 30 anos. No recorte cor, 45,48% se declararam pardos e 12,69%, pretos. Brancos são 37,16%.

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