Estudantes de todo o Brasil estão realizando, hoje (5), a prova do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio. São 8 milhões de candidatos no país inteiro e 419 mil no estado do Paraná. Serão quatro horas e meia de prova para responder 90 questões, divididas entre as disciplinas Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Nos locais de prova, os portões foram fechados às 13h.
No PR, ocupações deixam 41 mil alunos para “segunda chamada” do Enem
Leia a matéria completaNa tarde de amanhã (6), os estudantes terão pela frente outras 90 questões - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias - e mais a redação. Neste segundo dia, os candidatos ganham uma hora, e terão cinco horas e meia para a realização da prova. Os portões, também, serão fechados as 13h.
Em Curitiba, um dos principais locais de realização de provas é o campus da Universidade Pontifícia Católica, que reúne 11 mil candidatos - segundo informações do Núcleo de Concursos da instituição.
Experiência
A experiência de cinco anos de Enem da aluna de pedagogia Daiane Letícia, 21, fez com que ela chegasse antes da abertura dos portões da Universidade. “Eu faço a prova desde 2012 para testar meu conhecimento. Eu tenho uma média e consigo saber como está meu rendimento, se piorei, se melhorei”, comenta.
Para ela, a prova de 2015 foi a melhor desde a que fez pela primeira vez. “Eu achei a prova do ano passado excelente. Foi uma prova realmente bem feita, com questões mais técnicas. Espero que esse viés se mantenha este ano”, afirma Daiane.
Diferente dela, o estudante Alex Godói de Lacerda não esconde o nervosismo, apesar de ter se preparado bem. Com 20 anos, ele está terminando o terceiro ano do ensino médio e é a segunda vez que faz o Exame. “Em 2014, em fiz para saber como era. Mas eu acho que esse ano as questões devem ser mais diretas”.
A vontade de Alex é entrar no curso de Engenharia Mecânica. “Mas ainda não estou pensando muito nisso, depende da minha nota”, pondera. Para ele, um possível tema da redação pode ser ‘refugiados e imigração’.
Já o palpite do candidato Filipe Andretta para o tema da redação é Paraolimpíada, realizadas neste ano, no Rio de Janeiro. “Me parece muito forte o tema, porque reúne vários assuntos ‘vestibulosos’”, afirma. Apesar de já formado e pós-graduado em Direito, aos 26 anos é primeira vez que ele realiza a prova. Na época em que entrou na faculdade, a nota do Enem ainda não contava para ingressar nas instituições.
Apesar de esperar uma prova menos ‘decoreba’, Filipe - que vai tentar o curso de Jornalismo - comenta que o tempo para a realização da prova é o maior problema. “É uma prova extensa e com muitos textos. Mas alguns deles são dispensáveis para resolver a questão. É uma tirada que tem que ter, deixar o texto e ir direto para o enunciado”.
Atrasos
Como em todos os anos, alguns estudantes acabam não conseguindo chegar ao local de prova antes do fechamento dos portões. No campus da PUC, faltando 10 minutos para as 13h, os organizadores já chamavam os candidatos para dentro dos blocos, para que evitassem filas nas entradas das salas. A correria começou faltando cinco minutos para as portas fecharem.
Em um dos blocos da universidade, mãe e filha estavam a 20 metros da porta quando ela foi fechada. A mãe ainda tentou convencer os organizadores a deixarem a filha entrar - com argumento de que o cartão do candidato falava em fechamento dos ‘portões’ [do campus] e não as ‘portas’ [dos blocos] - mas não teve sucesso. Elas não quiseram conversar com a reportagem.
Escolas ocupadas
Para 41 mil alunos do estado do Paraná que fariam a prova, hoje, a data de realização do Enem foi remarcada para os dias 3 e 4 de dezembro, em virtude das ocupações em escolas que seriam usadas como local de prova. Em todo o país, 240 mil alunos foram afetados, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Na entrada dessas escolas, um aviso do Inep avisa aos candidatos que, por acaso, compareceram aos locais, que a data da prova foi alterada por motivos de segurança . Lamentando os transtornos, o Inep comenta que esta foi “a única solução que se apresentou viável para evitar um prejuízo maior”, se comprometendo a informar aos estudantes sobre as localidades da reaplicação do Exame.
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