O estudante que fez a “lição de casa” e estudou para o Enem 2016 com provas anteriores provavelmente reparou que o uso dos gráficos é uma constante, e não só nas questões “de exatas”. Em 2015, por exemplo, um dos textos motivadores da proposta de redação trazia um gráfico com dados sobre os tipos de violência contra as mulheres. Logo, saber fazer uma leitura eficiente dos esquemas é essencial para garantir uma boa nota.
Para isso, é necessário ficar atento aos principais tipos de gráficos cobrados pelo Enem. De acordo com o professor de matemática do Curso Elite, Lúcio Miguel Santos, o exame é bem completo nesse sentido, e costuma apresentar ao menos um modelo de cada gráfico – os mais comuns são o de setor (pizza), barra e linhas. Nas perguntas que apresentam os esquemas, diz o professor, 90% do conteúdo necessário para o aluno resolver a questão está nos dados da imagem.
“Com certeza o aluno vai encontrar na prova gráficos de setor (pizza), em que ele deve trabalhar com a ideia de porcentagem; gráficos de barra, para trabalhar com valores absolutos; e gráficos de linhas, em que eles misturam bem com função do primeiro grau e exponencial, normalmente para comparar com outro tipo de grandeza. Esse último caso, são aquelas comparações de planos de telefone, por exemplo”, explica Lúcio.
Se levarmos em conta as habilidades e competências previstas pelo edital do Enem 2016, encontramos a interpretação de gráficos em pelo menos sete delas. Por exemplo, na competência de área número seis, em que se espera do participante que ele interprete “informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação, interpolação e interpretação”.
É importante lembrar que não existe um método de leitura padrão para os gráficos cobrados pelo Enem. “O que aconselharia é que os alunos fiquem antenados aos assuntos que podem vir em formato de gráfico.Conhecer o tema pode facilitar fazer essa leitura”, comenta Lúcio.
Ficar atento para o texto original das perguntas do Enem de anos passados é uma boa forma de visualizar os possíveis assuntos, de acordo com o professor. “Tão importante quanto ver nessas provas os modelos de gráficos cobrados é o aluno ficar atento ao local de onde ele foi tirado. A minha dica é ler aquelas letrinhas pequenas em que o Enem diz a fonte daquele material, depois ir direto nesses sites e ver um pouco do quais gráficos e assuntos eles estão apresentando”, completa.
Hora do Enem
O portal Hora do Enem, do Ministério da Educação (MEC), também aborda a importância de uma boa leitura dos gráficos durante a prova. Para isso, disponibiliza algumas videoaulas sobre o assunto.
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