Com mais de 336 mil inscritos no PR, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começou na tarde deste sábado (24) com um misto de esperança e de frustração para muitos estudantes. Quem se programou e chegou cedo, teve tempo de revisar os estudos na porta dos locais de prova e mostrou otimismo com o futuro. Houve, porém, quem se desesperasse após fazer trajetos equivocados e encontrar os portões fechados.
Confira imagens do primeiro dia de provas
No Centro Politécnico da UFPR, em Curitiba, já havia uma grande fila de candidatos no momento da abertura dos portões. Muitos se distraíram com smartphones ou faziam revisões de última hora. Soliane Huber, 23 anos, que quer tentar Jornalismo na UFPR, era uma delas. “Estudei três horas por dia nos últimos três, quatro meses. Se tivesse começado antes, teria me preparado ainda mais”, disse a estudante, que já cursa Direito e vai para sua segunda graduação no próximo ano.
Atrasados tentam invadir local de prova do Enem em São Paulo
O fechamento dos portões para o Enem terminou em confusão na Uninove, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
Leia a matéria completaTainá Rainele, 19 anos, cursava Química e agora pretende tentar Letras. “ Como eu não tinha mais certeza se era o que queria pra minha vida, achei melhor interromper agora”, afirmou. Ela espera que as revisões que fez em casa sejam suficientes para garantir a vaga. “O Enem agora é mais conteudista. Por isso, acredito que a preparação com as apostilas que já tinha em casa será suficiente. Claro que certeza mesmo só depois da prova”, sorri a jovem moradora da Vila Guaíra.
Apuro e decepção
O prédio da antiga Escola Técnica, que hoje é o Setor de Educação Profissional e Tecnológica (Sept) da UFPR, fica na Alcides Vieira Arcoverde, 1225, fora do Campus Politécnico. Isso confundiu os estudantes. Muitos entraram no Campus e tiveram de sair correndo para não perder a prova.
O produtor cultural Thiago Oliveira, 32, por exemplo conseguiu chegar no prédio alguns segundos após as 13 horas. Não pôde entrar. Ele mora em Curitiba há 1 ano e meio, no Rebouças, e diz ter enfrentado dificuldades para encontrar esse prédio da UFPR. “Não conheço a cidade ainda direito. Vi todo o roteiro na internet. Mas achei que fosse na PUC. Lá me informaram que era aqui. Percorri toda a Linha Verde de ônibus e não deu tempo”.
Já Verá Lúcia, de 47 anos, fez o que manda o protocolo. Na sexta-feira, foi ao centro de Curitiba conhecer o prédio da Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Paraná (IFPR). Diz ter recebido a confirmação de que aquele era o seu local de prova. As 10 horas da manhã de hoje, porém, ao chegar no local, foi informada de que aquele era o Campus I e que ela deveria se deslocar ao Campus II, que fica em Pinhais. A educadora infantil então voltou para a cidade da região metropolitana, onde mora. Mas diz não ter encontrado o local e, orientada por taxistas, foi parar no Centro Politécnico. Perdeu o Enem.
A reportagem foi ao Campus I do IFPR e recebeu a mesma informação: o Campus II fica em Pinhais. Mas, assim como com Vera, não souberam informar o nome da rua. Em um edital do instituto, há a informação de que esse campus fica na rua Dezenove de Novembro, 175. A educadora trabalha há 17 anos com educação infantil. Ela retomou os estudos agora, depois que o filho se formou em Engenharia Mecatrônica. “Queria provar pra minha família que sou capaz. Mas não vou desistir do meu sonho”, afirmou.
Enem em números
As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) reúnem 336.912 inscritos no Paraná neste fim de semana. No país inteiro, 7 .746.057 se inscreveram para passar pela bateria de 180 questões. Os portões abriram ao meio-dia e fecharam às 13 horas, de acordo com o horário de Brasília. O início das provas está previsto para 13h30, meia hora mais tarde do que a edição do ano passado. Segundo o Ministério da Educação (MEC), o objetivo é dar mais tempo para os estudantes se estabelecerem nos locais de prova e ampliar ações de fiscalização – coibir o uso irregular de celular é a grande meta.
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