A modalidade de Ensino a Distância (EaD), em que os alunos têm aulas por meio da internet, mas têm também avaliações periódicas presenciais, impulsionou o aumento de matrículas no ensino superior entre 2008 e 2009, segundo o Censo da Educação Superior, divulgado na quinta-feira, pelo Ministério da Educação (MEC). Nas universidades públicas estaduais do Paraná, o número de matrículas de EaD saltou de 2.580 para 7.668 na relação entre os dois períodos, um acréscimo de 197%.
Esse índice foi o principal responsável pelo aumento de 1,9% das matrículas do ensino superior estadual no Paraná 1.507 novos estudantes em números absolutos. A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), pioneira na modalidade de Ensino a Distância na rede pública no Paraná, já oferece essa opção para todos os cursos de licenciatura.
"Tivemos um aumento considerável na EaD e estamos tendo bons resultados, medidos pelas avaliações. Além disso, em 2009, retomamos o curso de Medicina, o que também deve ter colaborado, ainda que modestamente para o aumento de matrículas", disse o reitor da UEPG, João Carlos Gomes. Segundo ele, a UEPG abre anualmente cerca de 1,6 mil vagas presenciais/não presenciais e todas são preenchidas.
Outro fator que pesou nas estatísticas é a abertura de novos cursos presenciais nas universidades de Maringá (UEM) e Londrina (UEL). De acordo com a diretora de Ação Pedagógica da UEL, a professora Marta Regina Favaro, entre 2008 e 2009, a universidade abriu dois novos cursos, de Cultura Francesa e Esportes. "Ainda estamos preparando os cursos na modalidade EaD. Já temos a aprovação do MEC e pretendemos abrir processo seletivo ainda em 2011, mas prosseguimos no nosso projeto de expansão dos presenciais igualmente", salienta.
Na Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), ainda não foi nomeado o diretor do Departamento de Ensino Superior e, segundo a assessoria de imprensa, o secretário Alípio Santos Leal Neto não foi encontrado para comentar os números do Censo da Educação Superior.
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