O ciclo de ocupações de escolas por estudantes no Paraná chegou ao seu momento mais tenso. Além da morte de um jovem no Colégio Estadual Santa Felicidade, em Curitiba, outros dois movimentos são registrados nessas instituições de ensino: pais que “invadem” escolas na tentativa de desocupá-las e responsáveis por instituições recém-desocupadas se deparam com arrombamentos, restos de bebidas, fumo, roubo de merenda e depredação.
Na manhã desta segunda-feira (24), pais derrubaram o portão do Colégio Estadual Professor Guido Arzua, no Sítio Cercado, em Curitiba, para conversar com os alunos e tentar convencê-los a smair da escola. Até as 17h, continuavam no local em discussão com os estudantes. Iniciativas parecidas foram registradas em outros municípios.
No Colégio Estadual Professor Olavo Del Claro, em São Braz, ocupado de 13 a 23 de outubro, a diretora da escola encontrou, ao entrar na escola ‘recém-desocupada’, restos de bebida, de narguilé, arrombamentos, uso da merenda da escola, portas quebradas, além de muita sujeira. “Tentamos manter o diálogo com os alunos e, após pressão da comunidade e muitas conversas, eles saíram”, conta Rosana Oliveira Marques.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, o número de escolas ocupadas caiu de 850 para 792 neste último fim de semana. O movimento Ocupa Paraná não confirma esses dados e declarou que vai divulgar um novo número até o começo da noite.
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