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Enunciado da tarefa pedia que criança colorisse nomes com letra M. | Reprodução/ Facebook
Enunciado da tarefa pedia que criança colorisse nomes com letra M.| Foto: Reprodução/ Facebook

Uma imagem publicada nas redes sociais na última quarta-feira (28) gerou controvérsia ao mostrar uma atividade educativa de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) em Vitória (ES).

O exercício, direcionado a crianças de até 5 anos, ilustra uma roda-gigante com nove crianças e seus respectivos nomes, mas duas delas não correspondem ao gênero retratado na imagem: Murilo e Miguel têm feições femininas. E os nomes começados com a letra M são exatamente aqueles que a criança deve marcar em vermelho na atividade - “Pinte de vermelho os nomes que começam com a letra M, depois faça um belo colorido na cena”, orientava o enunciado.

Erro  

Procurada pela Gazeta do Povo, a Secretaria Municipal de Educação de Vitória (SEME) afirma que a atividade é rotineira e tem como objetivo trabalhar com os alunos as letras do alfabeto – nesse caso, especificamente a letra M – e que o exercício foi feito a partir de um material retirado de um livro de educação infantil. 

“Com recorte de nomes com a letra M, foi feita uma colagem sobre a tarefa original. Nem a pedagoga que fez a alteração, nem a professora que aplicou a atividade perceberam que os nomes foram colocados na posição errada”, diz a SEME. 

A gerente de Educação Infantil da Secretaria de Educação de Vitória, Débora Almeida de Souza, afirma que questões de gênero não são trabalhadas com os alunos da Educação Infantil. 

"Temos muito cuidado e critério ao lidar com assuntos relacionados a gêneros com os estudantes. Na atividade em questão, na verdade, houve apenas um erro na hora da preparação. Não foi intencional", justifica.

Cedo demais

Especialistas em disforia de gênero mantêm ressalvas sobre a abordagem do tema na primeira infância. “Apenas uma pequena porcentagem de crianças que experienciam confusão sobre as suas identidades de gênero continuarão a experienciar essa confusão até a adolescência ou a vida adulta”, diz estudo dos psiquiatras Lawrence Mayer e Paul McHugh. 

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