Oficiais de justiça, acompanhados de conselheiros tutelares, começaram a notificar os 25 colégios estaduais de Curitiba ocupados e que estão enquadrados em pedidos de reintegração de posse autorizados pela Justiça nesta quinta-feira (27). A reintegração é imediata.
Contudo, Ministério Público do Paraná (MP-PR) teve um pedido de extensão do prazo das reintegrações aceito pela Justiça. A promotoria pediu para que, ao invés das 13h30, as ordens de reintegração começassem a ser aplicadas a partir das 16h30.
Esse tempo extra é necessário para encaminhar negociações com o objetivo de diminuir os danos das desocupações. Estas discussões ocorrem em uma reunião na sede do MP-PR, que começou por volta das 15 horas. O encontro reúne Olympio de Sá Sotto Maior, procurador do Ministério Público Estadual, e estudantes.
A informação é de que pouco antes das 13 horas os oficiais de justiça chegaram à Secretaria Estadual de Educação (Seed), na capital, para solicitar o acompanhamento dos conselheiros tutelares nas diligências.
O coletivo dos advogados está orientando os alunos que cumpram a decisão. Eles alertam que a notificação aos adolescentes deve ser feita por três oficiais de justiça acompanhados de um conselheiro ou uma conselheira tutelar.
No Colégio Estadual do Paraná (CEP), o movimento foi notificado perto das 14h30. Os alunos informaram que vão cumprir com a decisão e que, depois de deixarem a unidade, irão seguir para o campus Reitoria da Universidade Federal do Paraná, que também está ocupado.
O Colégio Estadual Rio Branco, entre os bairros Batel e Seminário, também está entre os 25 colégios previstos para serem desocupados. No local, os alunos informaram que, até as 16 horas, não haviam sido notificados oficialmente sobre a decisão judicial e relataram estar cientes de que, na práticas, eles só podem ser obrigados a deixar a escola depois das 16h30. A escola está ocupada desde o dia 14 de outubro.
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