ASPAS
"Todas as revoluções contaram com gente que não sabia por que estava lá. Sempre houve algo de festa e isso é normal."
Jelson Oliveira, sobre manifestantes mais empolgados com a agitação do que com causas sociais.
"Nenhuma geração teve tantas opções de mídia como esta. Há muitas formas de receber e comparar notícias de diferentes veículos de comunicação."
Luigi Poniwass, jornalista mediador, sobre críticas contra a mídia por parte de alguns manifestantes.
"Será um momento em que o mundo inteiro vai olhar pra cá. Os holofotes estarão aqui. As pessoas têm de se mobilizar."
Anaterra Vianna, sobre a expectativa de protestos na Copa do Mundo.
"A manifestação pública acerca de assuntos importantes não tem de ser sempre tão racionalizada, senão o debate teria de ser feito apenas entre professores."
Rodrigo Xavier Leonardo, sobre a participação de leigos em protestos.
A partir do tema "Liberdade ou intolerância", os debatedores da última edição do Papo Universitário, ocorrida em 18 de março, em Curitiba, discutiram as consequências das manifestações de junho de 2013. Nove meses depois, os protestos reduziram em volume, mas se tornaram mais frequentes. Opiniões sobre a legitimidade das várias formas de manifestação, mesmo quando não há motivações claras, estiveram no centro do debate.
No primeiro bloco, uma questão provocativa levou participantes e plateia a avaliarem a consistência dos argumentos de quem protesta: "Tá certo ou é só mimimi?". Para a jornalista e militante Anaterra Viana, as manifestações reuniram pessoas muito diferentes, incluindo jovens politicamente ativos e outros interessados em curtir o clima de agitação social. "O desafio agora é formar as pessoas para que elas saibam por que foram às ruas. O que aconteceu tem de ser mais do que apenas um grito", afirmou.
A falta de comprometimento também foi discutida no caso dos debates virtuais, em que hostilidades tendem a ser mais comuns. O filósofo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Jelson Oliveira disse que a sociedade passa por uma crise de convivência, que acaba se refletindo nas redes sociais. "Há uma efervescência de posições antagônicas na internet, mas ninguém para mediar. Falo o que quero, consigo audiência, mas raramente dialogo de verdade com o outro."
No final do evento, a conversa partiu das agressões on-line para o problema do vandalismo real, que acaba afastando o manifestante pacífico. "Se a democracia é um valor as ser preservado, a violência tem de ser coibida. Sabemos que ocorre, mas não pode ser justificada", afirmou o advogado e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rodrigo Xavier Leonardo.
Vida e Cidadania | 4:47
O tema do primeiro papo universitário do ano foi o uso da internet como aliada na mobilização dos jovens que estão ocupando as ruas. Estudantes e especialistas fizeram uma reflexão sobre os rumos dos protestos e a formação dos manifestantes.
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