A contratação de estrangeiros foi tema da quarta edição do Papo Universitário, realizado no Teatro Paiol, nesta quarta-feira, às 20h. As discussões em torno do programa Mais Médicos, do governo federal, dominaram o debate.
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Participaram do evento os professores Tatyana Scheila Friedrich, doutora de Direito Internacional Privado e docente da Universidade Federal do Paraná (UFPR); Michele Alessandra Hastreiter, do Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba) e advogada na área de Direito Internacional e Imigratório, e Marciano de Almeida Cunha, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e consultor em Desenvolvimento Humano e Organizacional.
Ao falar a respeito das razões pelas quais muitos recém-formados se recusam a ir para regiões mais carentes, o professor Cunha destacou que não se trata da falta de incentivos financeiros, mas sim da ausência de infraestrutura e de equipes de apoio, como enfermeiras e socorristas.
As dificuldades enfrentadas por estrangeiros no país foram citadas pela professora Michele. "Até certo ponto é compreensível que se preocupe com mão de obra nacional, mas em muitos casos essa proteção não se justifica", lamentou a advogada ao mencionar a legislação nacional na área.
O programa Mais Médicos foi defendido pela professora Tatiana, que destacou o caráter emergencial da iniciativa. "O problema da saúde é imediato, não dá tempo de esperar pelas transformações necessárias que podem levar anos ou décadas pra se consumar".
Os convidados também esclareceram dúvidas sobre a importação de profissionais, falaram da necessidade de atualização das leis migratórias no país, sobre as manifestações xenófobas sofridas por médicos cubanos em sua chegada ao Brasil e sobre a polêmica em torno do pagamento ao governo de Cuba.
O Papo Universitário foi transmitido ao vivo pela ÓTV, canal 11 da NET Curitiba. Os internautas também puderam fazer comentários e enviar perguntas pelo Twitter com a hashtag #papouniversitario.Confira a participação pela mídia social: