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A produção musical no Paraná foi tema do Papo Universitário realizado nesta terça-feira (19) no Teatro Paiol. Cerca de 300 estudantes discutiram a carência de grandes espaços para shows no Estado, a qualidade da música feita no estado e a dificuldade do sucesso de bandas que começaram nas universidades.
Os convidados concordaram que falta ousadia, infraestrutura e interesse artístico em Curitiba e no resto do Paraná. "As casas não têm qualidade de som, os palcos são inadequados e interferem na qualidade do show", apontou o produtor Heitor Humberto vocalista da Banda Gentileza.
A compositora e cantora curitibana Karol Conká ressaltou ainda que ela só conseguiu ter sucesso depois de sair do Paraná. "Não toco em Curitiba por falta de oportunidade. Além disso, ser um cantor de Curitiba às vezes não soa bem. Estou tentando mostrar que isso não é verdade", disse.
Para Paulo Juk, baixista da banda Blindagem e membro da seção paranaense da Associação Brasileira de Música e Artes, o público curitibano prestigia pouco a boa música. "Mas isso está mudando, ainda mais quando se faz música 'honesta', no sentido de fazer o que se gosta, algo de acordo com a sua identidade", frisou.
Essas dificuldades, no entanto, não devem desanimar os jovens que estão dispostos a investir na carreira musical, opinou Rodrigo Lemos, guitarrista d'A Banda Mais Bonita da Cidade e vocalista da Lemoskine. "Quem tem qualidade, acaba sendo reconhecido. Mas tem de se profissionalizar", insistiu. Ao ser perguntado sobre o sucesso, Rodrigo se disse realizado. "Não estou rico, mas me sinto feliz com o que estou fazendo", finalizou.
Durante o evento, os internautas puderam enviar perguntas aos convidados pelo site da Gazeta do Povo e pelo Twitter, com a hashtag #papouniversitario.
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