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No último Exame de Ordem promovido pela seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apenas 8,79% dos 2.888 candidatos foram aprovados. O baixo êxito reacendeu o debate sobre a avaliação. Agora até o Conselho Federal da OAB participa da discussão e pretende "orientar" algumas mudanças no método de aplicação da prova realizada no Paraná.

Desde 1996, quando a execução do Exame de Ordem foi regulamentada e a aprovação se tornou obrigatória para o exercício da advocacia, nunca foi registrado um índice de reprovação tão alto no Paraná. Entre as cinco subseções da Ordem no estado, apenas as de Curitiba e Londrina tiveram uma porcentagem de aprovação superior a 10%. A pior performance foi a de Cascavel, seção que teve somente 2,55% dos candidatos aprovados.

Pelo provimento que regula o exame, a prova é de responsabilidade das seções e não do Conselho Federal. Apesar das críticas sofridas pela OAB do Paraná, a reprovação também tem sido preponderante em outros estados, mas em índices menos significativos. No último teste feito pela OAB de São Paulo, dos 27.724 candidatos, 20,65% foram aprovados. Em Tocantins, a aprovação chegou a 37,71%.

Os defensores do modelo atual acreditam que o resultado é fruto da baixa qualidade dos cursos de Direito abertos nos últimos anos no estado. As instituições tradicionais também estariam ensinando menos. Os críticos do sistema não refutam os argumentos, mas acham que o principal objetivo do exame agora é evitar que novas faculdades sejam abertas no Paraná.

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