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Uma das decisões mais importantes quando se é jovem diz respeito à carreira. A maioria se pergunta: qual área seguir? Como saber se vou querer fazer isso para o resto da minha vida? São várias as questões, mas uma delas pode trazer muita dor de cabeça ao estudante se não for analisada da melhor forma: a escolha da universidade. 

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O fato é que muitas pessoas acabam se preocupando somente com o curso. Mas optar por uma boa escola de ensino superior é primordial para formar uma trajetória reconhecida. 

Gazeta do Povo conversou com alguns especialistas e selecionou cinco critérios importantes para lhe ajudar a facilitar esse processo.

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Tipo de graduação 

Para diminuir o leque de opções existentes no Brasil e no exterior é preciso definir exatamente o padrão de curso que o aluno está procurando. De acordo com Renato Casagrande, presidente da Associação Brasileira de Coaching Educacional (ABRACE), deve-se analisar se a melhor escolha no momento é a Educação à Distância (EAD) ou o ensino presencial. 

Além disso, o estudante precisa decidir se quer fazer curso de bacharelado (o curso “tradicional”, com foco na aquisição de conhecimentos,  licenciatura (que permite dar aula em escolas) ou tecnólogo (voltado para atividades mais práticas), para assim já descartar uma quantidade bem significativa de faculdades que não oferecem o que ele busca. 

Conceito da instituição 

Talvez esse seja o ponto mais importante na escolha de uma escola. É essencial ver o reconhecimento que o Ministério da Educação (MEC) dá para cada uma e para as graduações. “A universidade pode ser muito boa em uma área, mas não em outra", explica Renato. “Muitas pessoas não têm essa clareza ainda e acabam se arrependendo depois por não terem achado informações suficientes.” 

O especialista classifica os números oficiais da pasta como um indicador objetivo, já enquanto uma avaliação do mercado – também extremamente importante, segundo ele – é julgado como subjetivo. Nesse caso, conta a imagem perante à sociedade, ou seja, o que ex-alunos e atuais falam de vantagens e desvantagens sobre o local. 

Josemary Morastoni, coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade Positivo, segue a mesma linha de pensamento. “Você precisa se sentir bem em um lugar que vai passar no mínimo quatro anos. É uma junção de ‘feeling’ com o que o MEC diz", aconselha. 

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Porte da escola 

Depois de definido o tipo de graduação e analisado os conceitos da instituição, o aluno precisa pensar sobre a infraestrutura do ambiente de estudo. São três as opções: faculdade, universidade e centros universitário. 

A primeira costuma ter menos cursos e um ensino mais focado em uma área específica. Já a segunda tem uma gama maior de graduação e possui núcleos de pesquisa, o que não é uma obrigação dos centros universitários, por exemplo. 

Segundo Daniella Forster, psicóloga e coordenadora da PUC Talentos, serviço de carreira oferecido pela Pontifícia Unidade Católica do Paraná (PUCPR), essa escolha deve ser tomada de acordo com a personalidade de cada um. 

“O ideal é o perfil do estudante bater com o da instituição sempre", afirma. Se um aluno for reservado, por exemplo, talvez se adeque melhor a um espaço mais acolhedor. 

Missão e valores 

Toda empresa tem em seu site uma seção na qual declara em alguns parágrafos a sua missão e seus valores. Mas quanto disso realmente traduz a realidade? Para Renato Casagrande, é preciso checar de perto se as instituições pregam o que prometem. Ir à mostras de profissões, marcar visitas e assistir aulas são formas de aprofundar a pesquisa. 

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Já Josemary insiste que os coordenadores das universidades estão lá para justamente para esclarecer as dúvidas de novos alunos. “Atendo muitas pessoas que me perguntam como é o mercado, o que cada curso prepara ou que área podem seguir", conta. “Todo mundo tem o maior prazer em explicar como as coisas funcionam", garante. 

Condições de pagamento 

Verificar os preços das graduações em cada faculdade também é importantíssimo, ainda mais se houver necessidade de fazer algum tipo de financiamento. Escolas de conveniência costumam ser mais baratas e de localizações fáceis, pois muitas possuem várias unidades. 

No entanto, podem não ter um bom resultado nos rankings do MEC. Já as consideradas  premium são mais caras, mas bem avaliadas. Tudo vai depender do que o estudante está procurando. 

Vale lembrar que esses critérios não seguem uma ordem de importância. Para um aluno, as condições de pagamento podem ser mais significativas que o conceito da escola ou vice-versa. No entanto, os sentimentos entre a maioria são comuns: indecisão, insegurança e medo do que virá pela frente. 

Segundo os especialistas, calma e paciência são ‘remédios’ fundamentais durante esse período. Daniella Forster orienta: “é uma fase que requer muita reflexão, maturidade e dedicação e é preciso praticar o autoconhecimento”. Não se sentir pressionado pela sociedade ou até mesmo por família e amigos também é necessário. “‘Perder’ esse tempo positivamente é fundamental para fazer uma boa escolha”, conclui.

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