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Marly com o marido, José Antônio da Silva, e os cinco filhos: “Não fui de ficar o tempo todo sentada ao lado deles, mas eles sempre me perguntaram as dúvidas que tinham. Além disso, estou sempre de olho nas notas” | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Marly com o marido, José Antônio da Silva, e os cinco filhos: “Não fui de ficar o tempo todo sentada ao lado deles, mas eles sempre me perguntaram as dúvidas que tinham. Além disso, estou sempre de olho nas notas”| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

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  • Veja como são os estímulos à leitura em cada idade

Pessoas que leem, mas não compreendem o sentido de um texto e não são capazes de se expressar pela escrita são classificadas como analfabetas funcionais. São homens e mulheres que abandonam a escola antes da segunda etapa do ensino fundamental e representam 20% da população brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Se a escola não valoriza a leitura ou deixa de avançar na alfabetização e no letramento, ela está formando um analfabeto funcional. A opinião é da pedagoga Verônica Branco, mestre em Alfabetização e doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). "São pessoas que não passam da escolaridade básica e deixam a escola antes do 6.º ano, porque é muito difícil ler", explica.

Esse problema, que atinge cerca de 38 milhões de brasileiros, reforça a importância da qualidade da educação básica. Não é somente na escola, entretanto, que as habilidades devem ser desenvolvidas.

Parceria

Para a pedagoga Maria Silvia Bacila Winkeler, é tarefa da escola organizar e sistematizar o conhecimento, mas a ajuda dos pais em casa é indispensável. "As crianças são estimuladas em todos os ambientes, principalmente se veem os pais lendo e leem com eles", diz Maria, que é professora de Pedagogia e doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

A professora de Português Marly Nogueira da Silva, 51 anos, nunca se mostrou ansiosa diante das primeiras dificuldades escolares dos cinco filhos. "Eles escreviam e erravam bastante no começo, mas eu sempre soube que a escrita e a leitura corretas não se aprendem de uma vez", afirma. Ela sempre procurou orientar os filhos em seus estudos. Agora, os três mais velhos – Mariane, Cássio e Juliane – já estão na faculdade e também auxiliam no estudo dos caçulas Geovani, 14 anos, e Gabriele, 9 anos.

A importância desse espírito de parceria entre família e educadores é defendida pela doutora em Educação Adriane Knoblauch, professora da UFPR. "O envolvimento dos pais deve estar muito afinado com o trabalho que é desenvolvido na escola", afirma.

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