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ESPAÇO

Estrutura ideal tem foco na aprendizagem

Quadras esportivas amplas e seguras garantem prática esportiva de qualidade | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Quadras esportivas amplas e seguras garantem prática esportiva de qualidade (Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo)

Nada chama mais a atenção dos pais na hora de visitar uma escola do que a infraestrutura do estabelecimento. Por isso mesmo, as famílias precisam resistir ao encantamento e analisar com objetividade o que a instituição oferece. Se o foco é a aprendizagem, conforto e segurança são importantes, mas não devem ser os únicos elementos a serem considerados. Espaços para atividades esportivas e de lazer são alguns dos elementos que não podem faltar.

O tamanho de cada ambiente também conta. "A escola deve ter salas amplas, em que os alunos tenham espaço para trabalhar em grupo e fazer atividades", destaca o consultor em educação Renato Casagrande. Ele cita ainda como diferenciais relevantes a utilização de tecnologias e espaços adequados para atividades culturais como aulas de teatro, dança e música.

A professora Flávia Dias de Souza, do departamento de educação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), sugere que as famílias verifiquem em quais condições os alunos utilizam a estrutura escolar. "Os pais devem ver a oferta em relação a vários recursos. Não adianta ter laboratórios de alta qualidade, por exemplo, se há um rodízio muito grande para a utilização desses equipamentos e os alunos demoram para usá-los", argumenta. O mesmo vale para quadras esportivas e outros espaços de uso comum dos alunos.

Visita

Para especialistas, o melhor momento de se visitar uma escola não é durante as férias ou nos fins de semana, mas sim num dia comum do ano letivo, quando os alunos estão usando os ambientes com naturalidade. "Quando você visita durante as férias não vê a estrutura em funcionamento. O pai deve entrar e sentir como é a interação, o atendimento e o respeito da escola", explica Casagrande.

Já o professor de história da educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marcus Levy, ressalta que as famílias não devem tomar uma decisão sem antes saber o que os filhos pensam da escola. "Os pais também devem escutar os filhos na hora da decisão. Eles precisam de um lugar no qual se sintam bem", defende o professor.

Para a dentista Analigia Battini, que tem os filhos Raphael, 12, Anna Cecilia, 9, e André Luiz, 7, estudando no Colégio Expoente, o que lhe chamou a atenção na escola foi a variedade de atividades proporcionada pelos ambientes. "Há uma horta, uma área de lazer, quadras de esporte e biblioteca. Eles nunca estão ociosos, estão sempre sendo incentivados a buscar alguma atividade para preencher o tempo".

Sofisticadas ou simples?

O consultor em educação Renato Casagrande divide as escolas em dois grandes grupos. Segundo ele, há aquelas premiadas, com tradição e já reconhecidas pelo mercado. Essas têm mensalidades maiores e uma estrutura compatível. Com elas não há grande preocupação com a localização, já que o pai vai atrás da escola. As mais simples e sem a mesma estrutura atraem por causa do preço e do endereço.

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