Júlia Soares Parreiras, uma das ganhadoras do Prêmio Jovem Cientista, tem 18 anos e ajuda comunidades carentes que vivem às margens do Rio das Velhas, nas proximidades de Belo Horizonte a desinfectarem água poluída para uso doméstico.

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Para isso, ela utiliza uma técnica chamada de solarização, na qual usa garrafas PET pintadas de preto de um lado, caixas de papelão e papel alumínio.

A água poluída passa a ser de boa qualidade depois de exposta ao sol por quatro horas, dentro de garrafas que são colocadas, na posição horizontal, em de caixas de papelão com alumínio. Com isso, bactérias como a Escherichia coli, vírus e protozoários são eliminados, evitando doenças como diarréia e esquistossomose.

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"Até dengue você pode evitar utilizando esse método", relata a estudante, que ganhou o prêmio com o projeto de desinfecção da água na categoria Estudante de Ensino Médio – período que concluiu no ano passado.

Segundo ela, uma cartilha foi produzida para orientar as famílias sobre como utilizar o método. Júlia espera que, com o destaque proporcionado pelo prêmio, ela consiga produzir mais cartilhas para levar às comunidades carentes. "Várias pessoas não têm consciência da importância de cuidar da água para sua saúde", explica.

A estudante conseguiu desenvolver a pesquisa com a ajuda de uma bolsa de Iniciação Científica Júnior do Centro de Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet) e foi orientada por uma professora da escola onde estudava.

Os três primeiros colocados no Prêmio Jovem Cientista na categoria Estudante de Ensino Médio ganham computadores e impressoras. O resultado do prêmio foi anunciado hoje pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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